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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

esse Amazonino...

Passados quase dois anos da posse do atual prefeito e até hoje os alunos da rede pública municipal de ensino não receberam fardamento escolar. São mais de 240 mil crianças sem farda ou tendo que comprar um uniforme que deveria ser dado pela Prefeitura.

No início do ano passado a SEMED abriu processo licitatório para compra do fardamento, mas uma denúncia de fraude visando direcionar a licitação foi acatada pela Justiça que por liminar suspendeu o processo que se encontra travado até hoje.

Ou seja, a bandalheira para ajudar os amigos do poder vem prejudicando milhares de crianças manauras.

Transporte Coletivo

O transporte coletivo é um dos mais graves problemas urbanos de Manaus. O prefeito que na campanha dizia ter uma solução mágica para a crise, só tem feito trapalhadas no setor.

Diante da grave crise no setor, era de se esperar que o Orçamento para 2011 contemplasse um volume maior de recursos para os investimentos em transporte coletivo.

Ledo engano, no Orçamento 2011 encaminhado para a CMM, há uma previsão de apenas R$ 21,8 milhões para a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), valor este inferior aos R$ 24,9 milhões destinados ao Gabinete Civil e aos R$ 33,1 milhões da Secretaria Municipal de Comunicação.

O orçamento é a expressão financeira dos compromissos políticos do governante, assim os números acima deixam claro que o atual prefeito está mais preocupado em iludir a população com propaganda mentirosa que em resolver o sério problema do transporte coletivo em Manaus.

Buracos

Enquanto o prefeito e sua bancada na CMM insistem em apresentar Manaus como uma cidade sem buracos, ontem o programa “agora” da Tv Em Tempo mostrou , com imagens e depoimentos, uma cidade abandonada e com vários bairros com suas ruas completamente intransitáveis (Santa Inês, Nova Esperança, Amazonino Mendes, Parque das Laranjeiras, foram alguns desses bairros).

O estranho é que nessa cidade tomada por buracos foram gastos nos últimos 12 meses mais de R$ 200 milhões para operação tapa-buraco, sendo aproximadamente R$ 90 milhões para a empresa Emparsanco, R$ 53 milhões para a empresa WP e mais de R$ 100 milhões de compra de asfalto direito pela PMM.

Relator do Processo Victor Liuzzi, Inocenta Bi Garcia.

O juiz Victor Liuzzi apresentou um relatório no qual inocenta o prefeito Bi Garcia. O relator disse que não viu potencialidade nos crimes denunciados - utilização da máquina pública e distribuição de brindes a gestantes e mototaxistas. Liuzzi leu o relatório durante uma hora e meia, mas o documento não foi a votação porque o juiz Vasco Amaral pediu vista dos autos. Bi permanece no cargo até a próxima sessão do tribunal, marcada para esta terça-feira, caso Vasco retorne com o processo.

O prefeito é acusado, em denúncia do Ministério Público Eleitoral, de utilizar, na campanha de 2008, bens, serviços e funcionários públicos. Entre outras acusações está a de promover propaganda institucional em outdoors e a distribuição de 400 coletes, com propaganda eleitoral, a mototaxistas que trabalhavam na cidade.

Eleição para diretor de unidade da UEA tem 11 candidatos inscritos

A Universidade do Estado do Amazonas já tem onze inscritos para a eleição de diretores das seis unidades da instituição em Manaus. Eles serão escolhidos em votação direta e secreta por Professores, estudantes e técnicos administrativos no dia 13 de dezembro.

A Escola Superior de Saúde é a que concentrar maior número de candidatos – quatro, ao todo, enquanto a Escola Superior de Artes e Turismo – EAT – tem apenas um inscrito. Veja a relação dos candidatos:

Escola Normal Superior - ENS:
Neylanne Aracelli de Almeida Pimenta
Evandro Luis Ghedin


Escola Superior de Ciências Sociais - ESO:
Jefferson Ortiz Matias
Fábio Amazonas Massulo


Escola Superior de Artes e Turismo - EAT:
Raimundo de Jesus Teixeira Barradas


Escola Superior de Ciências da Saúde - ESA:
Hellen Emilia Menezes de Souza
Giane Zupellari dos Santos Melo
José Camilo Hurtado Guerrero
Cleinaldo de Almeida Costa


Escola Superior de Tecnologia - EST:
Jener Juscelino da Silva Brito
Mário Augusto Bessa de Figueiredo

As 16 unidades da Universidade no interior, administradas por coordenadores de curso e reitores, não terão eleição. A escolha continuará sendo política, mas é um quadro que pode mudar a partir da metade do próximo ano.

fonte:blogdoholanda.com

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Com PDT, PCdoB e PSB, Kassab tenta criar terceira via

De saída do DEM e próximo do PMDB, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, já articula uma base de apoio com PDT, PCdoB e PSB para consolidar uma "terceira via" política no Estado. Para promover o rearranjo, Kassab sinalizou ontem, em almoço com líderes das três legendas, que mudará de partido até o fim do ano. Ele deve reformular o governo a partir de janeiro para acomodar os novos aliados.

O argumento para a transformação política do prefeito, bem-vindo no chamado "bloquinho", é acabar com a polarização entre PT e PSDB e abrir caminho para um movimento de "centro-esquerda" a partir de sua chegada ao PMDB. Na avaliação de dirigentes das siglas, o movimento garante força política suficiente para retirar dos tucanos o domínio do governo de São Paulo, que completará 20 anos ao fim da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).


Participaram do encontro os deputados Aldo Rebelo (PCdoB), Márcio França (PSB) e Paulo Pereira da Silva (PDT). À reportagem, Kassab disse que ofereceu o almoço para "conversas de fim de ano" e "tratar de assuntos da cidade". Segundo França, novo encontro está marcado para a primeira quinzena de janeiro. De acordo com ele, Kassab deixou clara sua disposição em compor um bloco de centro-esquerda com os três partidos com vistas às eleições de 2012 e 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Prefeito Amazonino e o Escândalo da Emparsanco.










MARX, OS COMUNISTAS DO AMAZONAS E A FARINHA DO MEU PIRÃO


Em Manaus, terra do jaraqui com farinha, anda faltando os dois na mesa do trabalhador. O primeiro, por estar no defeso. Já o quilo da farinha do uarini, o tipo preferido dos paladares amazônicos, chegou esta semana, em alguns lugares, a R$ 8,50 o quilo (quase alcançando o sul maravilha!). Não se compra o alimento preferido de 110 em 109 manauenses pro menos de sete reais, nem mesmo na banquinha do seu Valdeci, na Branco e Silva, Santa Luzia. E agora, camarada Eron?


Bem, a secretaria estadual de produção rural, decantada em verso e prosa, e auto-homenageada até com peça de teatro (perdão, Dionísio! perdão, Brecht!) tem afirmado que o problema decorre da pouca oferta, causada pelas cheias em toda a região produtora, tanto no Amazonas como no Pará (que é de onde vem a maioria da farinha que você, xenofóbico, come).

Mas como este Poli come jaraqui no escuro e não se engasga, desconfiado que é, foi procurar razões mais materiais e menos metafísicas do que culpar a natureza.

Como o secretário da Sepror, camarada Eron, se diz comunista, o Poli entrou mais uma vez em contato com o limbo infernal, e desta vez nem precisou de Virgílio para encontrar o Sapo Barbudo original, aquele que, séculos depois, ainda mete medo na burguesia, Karl Marx. Karl estava às gargalhadas com alguns amigos, lembrando que Das Kapital tem vendido como água pelas bandas da Europa. Tranquilo, sarcástico como sempre, deu-nos uma entrevista explicando com se dá a determinação do preço de uma mercadoria.

PolivoCidade – Companheiro Carlos, explica aí pra gente, como é que pinta o preço de uma mercadoria?

Marx – É a concorrência entre compradores e vendedores, a relação entre a procura e aquilo que se fornece, a oferta e a procura.

Poli – Lei da procura e da oferta? Aquela mesma cantada pelo rival do Nunes Filho, o Abílio Farias? Concorrência? Simples assim?

Marx (Dá um sorriso sarcástico) – A concorrência, que determina o preço de uma mercadoria, apresenta três aspectos. Há uma concorrência entre os vendedores, que faz baixar o preço das mercadorias oferecidas por eles. Mas há também uma concorrência entre os compradores que, por seu lado, faz subir o preço das mercadorias oferecidas. E há, finalmente, uma concorrência entre os compradores e vendedores: uns querem comprar o mais barato possível; outros, vender o mais caro possível. O resultado dessa concorrência entre compradores e vendedores dependerá da relação existente entre os dois lados da concorrência que falamos antes, isto é, dependerá de a concorrência ser mais forte no exército dos compradores ou no exército dos vendedores.

Poli – Sacamos. Mas se é a oscilação entre a oferta e a procura que determina o preço das mercadorias, o que é que determina a relação entre a oferta e a procura? Como funciona?

Marx (Coçando a barriga) – Dirijamo-nos ao primeiro burguês que nos apareça. Ele dirá: ‘se a produção da mercadoria que vendo me custou 100 reais e se faço 110 reais com a venda dessa mercadoria – no prazo de um ano, entenda-se – esse lucro é um lucro correto, honesto e legítimo. Mas, se receber, na troca, 120 ou 130 reais, é um lucro elevado; se eu fizer 200 reais, será então um lucro extraordinário, enorme’. Que é que serve, portanto, ao burguês, para medir seu lucro? Os custos de produção de sua mercadoria.

Poli – Deixa agora a gente citar um exemplo: lá em Manaus, o secretário de produção rural disse que a farinha tá cara porque a cheia não deixou o caboco plantar. Isso em pleno século XXI. Os aspectos estruturais (sol, chuva, estradas, condições de armazenamento, tecnologias envolvidas, etc) fazem parte dessa relação que determina o custo de produção da mercadoria. Está certo então o comunista e agrônomo Eron em culpar a cheia pelo fato do caboco tá comendo farinha como se comesse ouro?

Marx (dando uma risada sagaz) – Os economistas dizem que o preço médio das mercadorias é igual aos custos de produção: que isso é a lei. Consideram como obra do acaso o movimento anárquico em que a alta é compensada pela baixa e a baixa pela alta. Com o mesmo direito, poderíamos considerar as oscilações como a lei e a determinação pelos custos de produção como obra do acaso. Mas são precisamente essas oscilações que, consideradas mais de perto, provocam as mais terríveis devastações e, como um terremoto, abalam a sociedade burguesa nos seus alicerces: são exclusivamente essas oscilações que, no seu curso, determinam o preço pelos custos de produção. O movimento global dessa desordem é a sua ordem.

Poli – Há então uma lógica que determina essa subida de preço, para além das costas largas da cheia, e que o secretário não entendeu. Ao observar mais de perto, como tu dizes, essa oscilação do preço da farinha, bem como de outras produções econômicas do Amazonas, percebemos que o problema não é natural, mas humano. Falta de investimentos e de visão empreendedora dos governos anteriores e do atual, do terceiro ciclo ao fantasioso zona franca verde. A economia, a agricultura não são contrárias à natureza. Ao contrário, as primeiras são uma composição laborativa do homem com a segunda. Mas Manaus continua comendo seu arroz, sua farinha, seu cheiro-verde, seu tomate, sua cebola, pimentão e até muitos peixes, tudo produzido fora daqui. A logística para trazer de outros estados funciona, mas para trazer do interior para a capital, não. Mas a responsabilidade dessa oscilação perversa, que pune tanto um como o outro, nunca é dos governantes. Carlos, nosso camarada, esse pessoal não te leu não? É comunista só na carteirinha do PCdoB?

Marx – Como diz meu amigo Engels, nestes casos, adoro citar uma frase de Hine, se referindo a seus imitadores: “Semeei dragões, e colhi pulgas!”.

JUDAS, EMBAIXADOR DA TRAIÇÃO, DÁ UM PASSEIO POR MANAUS


Quando Judas Iscariotes chegou ao limbo – porque, tendo cumprido sua missão, a de delatar Jesus, para que fosse capturado e crucificado como queria o Pai, obteve um abrandamento da pena, mesmo tendo se suicidado – recebeu uma espécie de prêmio.

A cada ano escolheria uma cidade, na qual desceria, e passaria um dia, para assim entender como os homens estão utilizando o recurso da traição, o seu legado para a Humanidade. Judas seria assim, um tipo de Embaixador da Traição entre os homens. E ele sempre vem no sábado de aleluia.

Judas, mais que qualquer outro, sabe da importância de trair. Sendo a traição ao outro algo impossível, só nos resta a traição filosófica – trair a si mesmo. Por que trair ao outro é impossível, perguntou, certa vez, um marido curioso, em uma mesa de bar, numa cidade de interior que Judas escolheu para passar as suas férias laborais. E ele respondeu:

“Trair o outro é impossível porque o outro é sempre outro. Não dá para trair a pessoa com quem fizemos o pacto ou acordo, porque quando mudamos nossa atitude, ela também já mudou a dela, é outra. Mesmo que ela não tenha percebido e ache que foi traída.”

Nesta semana santa de 2010, Judas, curioso com as movimentações pré-eleitorais, e com o noticiário terreno, mostrando que todos os caminhos levam à Amazônia, terra rica, que recebe de braços e bolsos abertos o estrangeiro, e onde o ouro jamais reluz para o caboclo, resolveu passar o seu sábado nas quebradas da velha Manaus.

PARTE I – A VIAGEM

Ao chegar, ainda à madrugada, deu de cara com filas de moradores com baldes e garrafas PET, em carrinhos de mão ou carregadas à própria. Logo entendeu. Era uma fila para buscar água. Que só era oferecida até às 06h da manhã, e depois, só vento nas torneiras comunitárias do bairro da zona Norte.

Subiu num ônibus, que pregou menos de dois quilômetros depois do início da viagem. Judas estranhou, pois por fora, o ônibus era recém pintado, diria novo mesmo. Mas o barulho do motor, segundo um passageiro, denunciava. “Isso é motor batido”. Sinal de que o veículo não demonstrava por fora a idade que realmente tinha, pensou Judas.

Seguiu seu caminho um pouco à pé, até que conseguiu carona com um casal evangélico que estava indo à sua igreja. No caminho, ouviu um programa de rádio onde todo mundo era amigo de todo mundo, e falavam de uma cidade linda, perfeita, bela, praticamente o paraíso na terra. “É o programa matinal de rádio do governador”, disse a mulher, com um sorriso.

Judas também sorriu, já sentindo o “clima”. Desceu na frente de uma igreja, onde o pastor gritava o nome daquele que fora crucificado. O pastor pedia contribuições para a obra, mas não queria moedas nem notas de pequeno valor. Anunciou também a candidatura do seu irmão, também pastor, nas próximas eleições, como o candidato ungido por Deus. Judas sorriu, sarcástico, e pensou que no seu tempo, 30 moedinhas resolviam a questão.

Depois de mais um ônibus que, aos trancos e barrancos, chegou ao centrão da cidade, Judas foi para o Mercadão, donde deu um rolé pelas barracas. Muitas ervas, peixes, barracas de artigos para turista. Judas observou que, numa cidade banhada pelo maior rio do mundo, o peixe fosse tão caro. Mais: achou um absurdo que todas as frutas, verduras, legumes, e até a farinha – que estava pela hora da morte! – vinham de fora. Mas o Amazonas não era um celeiro em desenvolvimento, como dizia o cartaz do Zona Franca Verde, pregado na entrada do mercado?

Sentou um barzinho, contou suas moedas, magicamente transformada em reais, e pediu um legítimo prato feito do mercadão: deliciou-se com um jaraqui fritinho, baião de dois, farinha de ova, pimenta murupi, tucupi, e uma cerveja geladíssima, para matar o calor!

Dado o tempo necessário para que a comida sentasse – afinal, não era todo dia que se refestelava com iguarias culinárias – Judas pagou, e saiu a caminhar. Deu uma verdadeira volta pela cidade, caminhando, observando as pessoas, o movimento. Viu as ruas sem calçada, e a batalha entre pedestres e motoristas. Viu gente andando pelas ruas, artistas dos sinais de trânsito.

Parou para pedir água em uma lanchonete, mas teve de desembolsar para bebê-la. No entanto, mais à frente, experimentou a solidariedade de uma tacacazeira, paraense, que vive do seu trabalho em Manaus há décadas, e que lhe ofereceu uma cuia do saboroso sumo da mandioca, com muito jambu e camarão, enquanto conversavam sobre a xenofobia de muitos amazonenses, incentivada por praticamente todos os meios de comunicação. Quis pagar pela cuia, mas a paraense, sorridente, disse que pela conversa agradável, estava mais que bem pago.

Foi se achegando, sempre à pé, pelas quebradas da zona Leste de Manaus. E sentiu a diferença. Embora carente de infraestrutura, e marcado pelos sinais da pobreza, Judas foi vendo que as pessoas ali não se rebaixavam, a despeito da “traição” dos governantes.

Em uma taberna, onde havia entrado para comprar uma água geladinha, pediu à atendente que deixasse ele lavar as mãos na torneira. “Ô moço, desculpa aí, não tem água, não”, ouviu. “Mas pera lá que vou pegar um pouco no balde lá atrás, pra tu te lavar”. Voltou com a água, que Judas usou para se refrescar nos pés, mãos, e molhar os cabelos e barba. Enquanto se molhava, ouviu lá do fundo uma voz masculina. “Regina, tu tá gastando a nossa água dando pros outros tomarem banho?”. Ao que a moça respondeu: “Tou sim, ajudar os outros é coisa de Deus. E não vem com mesquinharia não. Se falta água aqui é porque tu votou naquele prefeito que privatizou a água. E continua votando. Então, não reclama”.

Judas sorriu, agradeceu, e saiu. Já sentindo que sua missão estava por terminar, junto com a tarde que ia findando, resolveu parar num bar, para molhar a garganta com uma gelada.

PARTE II – UM DIÁLOGO

No bar:

Homem (com o último pedaço de tapioca entre os dedos, gesticulando muito) – Rapaiz! O Braga tá seguro pro Senado, e vai querer levar o Arthur! Tou te falando! Até a Vanessa já tá sentindo a pernada! Não adiantou nada ela e o Eron passarem pru lado do cara. Vão terminar concorrendo pros mesmos cargos de sempre, e inda vão perder, por ter traído os ideais comunistas!

Outro homem (dando uma risada gutural e soluçante) – É, uma trairagem só, mano! Num vê o Braga? Tá pensando que ganha eleição sozinho aqui! Só foi reeleito graças ao Lula, e agora, passou a rasteira pra colocar o Omar como candidato do sistema. Mas o Lula também, querer colocar o Alfredo! Esse, aliás, que só virou ministro dos transportes por falta de opção, e ainda foi trairado na hora da sucessão: colocaram o tampão do Carijó no lugar dele.

Mais outro homem (tomando uma caninha) – Agora, traído mesmo foi o Sarafa! Abandonado pelos aliado na época da eleição. Aí teve de se juntar com a direitona manauara, sair abraçado com Pauderney e Arthur. Trairagem, mano!

Homem – Que, nada! O Serafim traiu as esperanças do povo! Traiu quem elegeu ele e esperou muito mais dele como prefeito. Tá certo que melhorou um pouquinho, só um pouquinho, o transporte, e a saúde. Mas nas outras coisas o home foi fraquinho, fraquinho. No mínimo, foi igual aos outros. Foi como disse o Praciano: o Sarafa colocou o paletó no velhinho, que já tava de pijama. Agora aguenta o Negão!

Mais um Outro homem (querendo concluir) – É, mas quando teve a chance de se mostrar como diferente para nós, eleitores, o Praça também se encolheu. Traiu a sua história de luta e fez uma campanha amarela, amarela. Mas a verdade, gente, é que se nós continuar a discutir quem trai quem nessa política do Amazonas, a gente vai até o Natal, e ainda perde a Copa do Mundo. Por que aqui é terra onde político se segura no cipó, pra escapar de pernada! Nessa política baré só tem Judas!

Opa! Aí Judas, citado na conversa que acompanhava de perto, resolveu intervir, sorrindo.

- Pessoal, com licença. Estou acompanhando essa animada conversa entre vocês, mas aí me senti traído na minha condição social. É que vocês falaram tanto aí desses políticos e dessa política que não tem nada de democrática, e no final, compararam eles com Judas. Pois bem, meu nome é Judas! Pega leve aí com a comparação, que eu sou de paz, moçada.

Todos riram, ao que Judas emendou:

- Estou aqui de passagem, não sou da cidade, mas pelo que já vi e ouvi, os políticos daqui são traidores de si mesmos, e de quebra, do povo. Mas aí eu pergunto pra vocês, que são da terra: quando é que o povo vai trair esse pessoal, e passar a apresentar candidatura própria nas eleições?

Homem – Boa pergunta, mano. Por que entra eleição e sai eleição, os candidato são sempre os mesmo. Aí fica difícil escolher. Difícil não, impossível. Não dá pra escolher entre duas coisas, quando elas são igual.

Judas – Ainda mais porque, embora eles aparentem dar rasteira uns nos outros, na hora de defender o lado deles, estão todos juntos. É mentira?

Outro homem – É mermo! Tá aí uma verdade. Na hora que aparece uma ameaçazinha deles perderem a boca, se juntam rapidinho. As rasteiras só num são mais rápida que as aliança que eles fazem. É a tal Ação Conjunta. Que desconjunta a cidade toda tem mais de 30 anos!

Judas (emendando) – Por isso mesmo, o povo tem que romper com essa situação que está aí. Mais que malhar o Judas, o povo tem que encarnar o Judas, e trair esses que aí estão.

Homem – Já que é assim, viva a traição! E viva Judas!

E Judas comungou da alegria daqueles homens, e daquela cidade, e depois voltou para o paraíso, alegre.

Ao chegar, refletindo o que vivenciou, anotou em seu caderno os seguintes dizeres:

“Ao contrário do que imaginava, trair ao outro é sim, possível. Aliás, trair, para o bem ou para o mal, é sempre um ato universal. Ao escolhermos a traição, escolhemos trair por todos e para todos. O político que trai sei povo, trai a si mesmo. E o povo que continua elegendo esses traidores, trai também a si. Há, no entanto, uma traição benéfica. Aquela que aproxima o povo da Democracia. é quando ele trai o estado de coisas constituído, deixando para trás a corrupção e a dor. Trair, nesse caso, é emancipar-se. Portanto, ao povo da cidade que visitei, só posso deixar uma mensagem: Traia os que te traem, Manaus!

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010


29/10/2010
*Artigo publicado no Viomundo.

Desde que cheguei ao Brasil, há duas semanas, eu vinha sentindo uma sensação muito estranha. Como se fora acometido por um ataque contínuo da famosa ilusão, conhecida popularmente como déjà vu, eu passei esses últimos 15 dias tendo a impressão de nunca ter saído de casa, lá na pacata Chapel Hill, Carolina do Norte, Estados Unidos.
Mas como isso poderia ser verdade? Durante esse tempo todo eu claramente estava ou São Paulo ou em Natal. Todo mundo ao meu redor falava português, não inglês. Todo mundo era gentil. A comida tinha gosto, as pessoas sorriam na rua. No aeroporto, por exemplo, não precisava abrir a mala de mão, tirar computador, tirar sapato, tirar o cinto, ou entrar no scan de corpo todo para provar que eu não era um terrorista. Ainda assim, com todas essas provas evidentes de que eu estava no Brasil e não nos EUA, até no jogo do Palmeiras, no meio da imortal “porcada”, a sensação era a mesma: eu não saí da América do Norte! Mesmo quando faltou luz na Arena de Barueri durante o jogo, porque nem a 25 km da capital paulista a Eletropaulo consegue garantir o suprimento de energia elétrica para um prélio vital do time do coração do ex-governador do estado (aparentemente ninguém vai muito com a cara dele na Eletropaulo. Nada a ver com o Palmeiras), eu consegui me sentir à vontade.
Custou-me muito a descobrir o que se sucedia.
Porém, ontem à noite, durante o debate dos candidatos a Presidência da República na Rede Record, uma verdadeira revelação me veio à mente. De repente, numa epifania, como poucas que tive na vida, tudo ficou muito claro. Tudo evidente. Não havia nada de errado com meus sentidos, nem com a minha mente. Havia, sim, todo um contexto que fez com que o meu cérebro de meia idade revivesse anos de experiências traumatizantes na América do Norte.
Pois ali na minha frente, na TV, não estava o candidato José Serra, do PSDB, o “partido do salário mais defasado do Brasil”, como gostam de frisar os sofridos professores da rede pública de ensino paulistana, mas sim uma encarnação perfeita, mesmo que caricata, de um verdadeiro George Bush tropical. Para os que estão confusos, eu me explico de imediato. Orientado por um marqueteiro que, se não é americano nato, provavelmente fez um bom estágio na “máquina de moer carne de candidatos” em que se transformou a indústria de marketing político americano, o candidato Serra tem utilizado todos os truques da bíblia Republicana. Como estudante aplicado que ainda não se graduou (fato corriqueiro na sua biografia), ele está pronto para realizar uns “exames difíceis” e ser aceito para uma pós-graduação em aniquilação de caracteres em alguma universidade de Nova Iorque.
Ao ouvir e ver o candidato, ao longo dessas duas semanas e no debate de ontem à noite, eu pude identificar facilmente todos os truques e estratégias patenteados pelo partido Republicano Americano. Pasmem vocês, nos últimos anos, essa mensagem rasa de ódio, preconceito, racismo, coberta por camadas recentes de fé e devoção cristã, tem sido prontamente empacotada e distribuída para o consumo do pobre povo daquela nação, pela mídia oficial que gravita ao seu redor.
Para quem, como eu, vive há 22 anos nos EUA, não resta mais nenhuma dúvida. Quem quer que tenha definido a estratégia da campanha do candidato Serra decidiu importar para a disputa presidencial brasileira tanto a estratégia vergonhosa e peçonhenta da “vitória a qualquer custo”, como toda a truculência e assalto à verdade que têm caracterizado as últimas eleições nos Estados Unidos. Apelando invariavelmente para o que há de mais sórdido na natureza humana, nessa abordagem de marketing político nem os fatos, nem os dados ou as estatísticas, muito menos a verdade ou a realidade importam. O objetivo é simplesmente paralisar o candidato adversário e causar consternação geral no eleitorado, através de um bombardeio incessante de denúncias (verdadeiras ou não, não faz diferença), meias calúnias, ou difamações, mesmo que elas sejam as mais absurdas possíveis.
Assim, de repente, Obama não era mais americano, mas um agente queniano obcecado em transformar a nação americana numa república islâmica. Como lá, aqui Dilma Rousseff agora é chamada de búlgara, em correntes de emails clandestinos. Como os EUA de Bill Clinton, apesar de o país ter experimentado o maior boom econômico em recente memória, foi vendido ao povo americano como estando em petição de miséria pelo então candidato de primeira viagem George Bush.
Aqui, o Brasil de Lula, que desfruta do melhor momento de toda a sua história, provavelmente desde o período em que os últimos dinossauros deixaram suas pegadas no que é hoje o município de Sousa, na Paraíba, passa a ser vendido como um país em estado de caos perpétuo, algo alarmante mesmo. Ao distorcer a verdade, os fatos, os números e, num último capítulo de manipulação extremada, a própria percepção da realidade, através do pronto e voluntário reforço do bombardeio midiático, que simplesmente repete o trololó do candidato (para usar o seu vernáculo favorito), sem crítica, sem análise, sem um pingo de honestidade jornalística, busca-se, como nos EUA de George Bush e do partido Republicano, vender o branco como preto, a comédia como farsa.
Não interessa que 26 milhões de brasileiros tenham saído da miséria. Nem que pela primeira vez na nossa história tenhamos a chance de remover o substantivo masculino “pobre” dos dicionários da língua portuguesa. Não faz a menor diferença que 15 milhões de novos empregos tenham sido criados nos últimos anos. Ou que, pela primeira vez desde que se tem notícia, o Brasil seja respeitado por toda a comunidade internacional. Para o candidato da oposição esse número insignificante de empregos é, na sua realidade marciana, fruto apenas de uma maior fiscalização que empurrou com a barriga do livro de multas 10 milhões de pessoas para o emprego formal desde o governo do imperador FHC.
Nada, nem a realidade, é capaz de impressionar os fariseus e arautos que estão sempre prontos a enxovalhar o sucesso desse país de mulatos, imigrantes e gente que trabalha e batalha incansavelmente para sobreviver ao preconceito, ao racismo, à indiferença e à arrogância daqueles que foram rejeitados pelas urnas e vencidos por um mero torneiro mecânico que virou pop star da política internacional. Nada vai conseguir remover o gosto amargo desse agora já fato histórico, que atormenta, como a dor de um membro fantasma, o ego daqueles que nunca acreditaram ser o povo brasileiro capaz de construir uma nação digna, justa e democrática com o seu próprio esforço. Como George Bush ao Norte, o seu clone do hemisfério sul não governa para o povo, nem dele busca a sua inspiração. A sua busca pelo poder serve a outros interesses; o maior deles, justiça seja feita, não é escuso, somente irrelevante, visto tratar-se apenas do arquivo morto da sua vaidade, o maior dos defeitos humanos, já dizia dona Lygia, minha santa avó anarquista. Para esse candidato, basta-lhe poder adicionar no currículo uma linha que dirá: Presidente do Brasil (de tanto a tanto). Vaidade é assim, contenta-se com pouco, desde que esse pouco venha embalado num gigantesco espelho.
Voltando à estratégia americana de ganhar eleições, numa segunda fase, caso o oponente sobreviva ao primeiro assalto, apela-se para outra arma infalível: a evidente falta de valores cristãos do oponente, manifestada pela sua explícita aquiescência para com o aborto; sua libertinagem sexual e falta de valores morais, invariavelmente associada à defesa do fantasma que assombra a tradição, família e propriedade da direita histérica, representado pela tão difamada quanto legítima aprovação da união civil de casais homossexuais. Nesse rolo compressor implacável, pois o que vale é a vitória, custe o que custar, pouco importa ao George Bush tupiniquim que milhares de mulheres humildes e abandonadas morram todos os anos, pelos hospitais e prontos-socorros desse Brasil afora, vítimas de infecções horrendas, causadas por abortos clandestinos.
George Bush, tanto o original quanto o genérico dos trópicos, provavelmente conhece muitas mulheres do seu meio que, por contingências e vicissitudes da vida, foram forçadas a abortos em clínicas bem equipadas, conduzidas por profissionais altamente especializados, regiamente pagos para tal prática. Nenhum dos dois George Bushes, porém, jamais deu um plantão no pronto-socorro do Hospital das Clínicas de São Paulo e testemunhou, com os próprios olhos e lágrimas, a morte de uma adolescente, vítima de septicemia generalizada, causada por um aborto ilegal, cometido por algum carniceiro que se passou por médico e salvador.
Alguns amigos de longa data, que também vivem no exterior, andam espantados com o grau de violência, mentiras e fraudes morais dessa campanha eleitoral brasileira. Alguns usam termos como crime lesa pátria para descrever as ações do candidato do Brasil que não deu certo, seus aliados e a grande mídia.
Poucos se surpreenderam, porém, com o fato de que até o atentado da bolinha de papel foi transformado em evento digno de investigação no maior telejornal do hemisfério sul (ou seria da zona sul do Rio de Janeiro? Não sei bem). No caso em questão, como nos EUA, a dita grande imprensa que circunda a candidatura do George Bush tupiniquim acusa o Presidente da República de não se comportar com apropriado decoro presidencial, ao tirar um bom sarro e trazer à tona, com bom humor, a melhor metáfora futebolística que poderia descrever a farsa. Sejamos honestos, a completa fabricação, desmascarada em verso, prosa e análise de vídeo, quadro a quadro, por um brilhante professor de jornalismo digital gaúcho.
Curiosamente, a mesma imprensa e seus arautos colunistas não tecem um único comentário sobre a gravidade do fato de ter um pretendente ao cargo máximo da República ter aceitado participar de uma clara e explicita fabricação. Ou será que esse detalhe não merece algumas mal traçadas linhas da imprensa? Caso ainda estivéssemos no meio de uma campanha tipicamente brasileira, o já internacionalmente famoso “atentado da bolinha de papel” seria motivo das mais variadas chacotas e piadas de botequim. Mas como estamos vivendo dentro de um verdadeiro clone das campanhas americanas, querem criminalizar até a bolinha de papel. Se a moda pega, só eu conheço pelo menos uns dez médicos brasileiros, extremamente famosos, antigos colegas de Colégio Bandeirantes e da Faculdade de Medicina da USP, que logo poderiam estar respondendo a processos por crimes hediondos, haja vista terem sido eles famosos terroristas do passado, que se valiam, não de uma, mas de uma verdadeira enxurrada, dessas armas de destruição em massa (de pulgas) para atingir professores menos avisados, que ousavam dar de costas para tais criminosos sem alma .
Valha-me Nossa Senhora da Aparecida — certamente o nosso George Bush tupiniquim aprovaria esse meu apelo aos céus –, nós, brasileiros, não merecemos ser a próxima vítima do entulho ético do marketing eleitoral americano. Nós merecemos algo muito melhor. Pode parecer paranoia de neurocientista exilado, mas nos EUA eu testemunhei como os arautos dessa forma de fazer política, representado pelo George Bush original e seus asseclas, conseguiram vender, com grande sucesso e fanfarra, uma guerra injustificável, que causou a morte de mais de 50 mil americanos e centenas de milhares de civis iraquianos inocentes.
Tudo começou com uma eleição roubada, decidida pela Corte Suprema. Tudo começou com uma campanha eleitoral baseada em falsas premissas e mentiras deslavadas. A seguir, o açodamento vergonhoso do medo paranóico, instilado numa população em choque, com a devida colaboração de uma mídia condescendente e vendida, foi suficiente para levar a maior potência do mundo a duas guerras imorais que culminaram, ironicamente, no maior terremoto econômico desde a quebra da bolsa de 1929.
Hoje os mesmos Republicanos que levaram o país a essas guerras irracionais e ao fundo do poço financeiro acusam o Presidente Obama de ser o responsável direto de todos os flagelos que assolam a sociedade americana, como o desemprego maciço, a perda das pensões e aposentadorias, a queda vertiginosa do valor dos imóveis e a completa insegurança sobre o que o futuro pode trazer, que surgiram como conseqüência imediata das duas catastróficas gestões de George Bush filho.
Enquanto no Brasil criam-se 200 mil empregos pro mês, nos EUA perdem-se 200 mil empregos a cada 30 dias. Confrontado com números como esses, muitos dos meus vizinhos em Chapel Hill adorariam receber um passaporte brasileiro ou mesmo um visto de trabalho temporário e mudar-se para esse nosso paraíso tropical. Eles sabem pelo menos isto: o mundo está mudando rapidamente e, logo, logo, no andar dessa carruagem, o verdadeiro primeiro mundo vai estar aqui, sob a luz do Cruzeiro do Sul!
Fica, pois, aqui o alerta de um brasileiro que testemunhou os eventos da recente história política americana em loco. Hoje é a farsa do atentado da bolinha de papel. Parece inofensivo. Motivo de pilhéria. Eu, como gato escaldado, que já viu esse filme repulsivo mais de uma vez, não ficaria tão tranqüilo, nem baixaria a guarda. Quem fabrica um atentado, quem se apega ou apela para questões de foro íntimo, como a crença religiosa (ou sua inexistência), como plataforma de campanha hoje, é o mesmo que, se eleito, se sentirá livre para pregar peças maiores, omitir fatos de maior relevância e governar sem a preocupação de dar satisfações aqueles que, iludidos, cometeram o deslize histórico de cair no mais terrível de todos os contos do vigário, aquele que nega a própria realidade que nos cerca.
Aliás, ocorre-me um último pensamento. A única forma do ex-presidente (Imperador?) Fernando Henrique Cardoso demonstrar que o seu governo não foi o maior desastre político-econômico, testemunhado por todo o continente americano, seria compará-lo, taco a taco, à catastrófica gestão de George Bush filho. Sendo assim, talvez o candidato Serra tenha raciocinado que, como a sua probabilidade de vitória era realmente baixa, em último caso, ele poderia demonstrar a todo o Brasil quão melhor o governo FHC teria sido do que uma eventual presidência do George Bush genérico do hemisfério sul. Vão-se os anéis, sobram os dedos. Perdido por perdido, vamos salvar pelo menos um amigo. Se tal ato de solidariedade foi tramado dentro dos circuitos neurais do cérebro do candidato da oposição (truco!), só me restaria elogiá-lo por este repente de humildade e espírito cristão.
Ciente, num raro momento de contrição, de que algumas das minhas teorias possam ter causado um leve incômodo, ou mesmo, talvez, um passageiro mal-estar ao candidato, eu ousaria esticar um pouco do meu crédito junto a esse grande novo porta-voz do cristianismo e fazer um pequeno pedido, de cunho pessoal, formulado por um torcedor palmeirense anônimo, ao candidato da oposição. O pedido, mais do que singelo, seria o seguinte:
Candidato, será que dá pro senhor pedir pro governador Goldman ou pro futuro governador Dr. Alckmin para eles não desligarem a luz da Arena Barueri na semana que vem? Como o senhor sabe, o nosso Verdão disputa uma vaguinha na semifinal da Copa Sulamericana e, aqui entre nós, não fica bem outro apagão ser mostrado para todo esse Brazilzão, iluminado pelo Luz para Todos, do Lula. Afinal de contas, se ocorrer outro vexame como esse, o povão vai começar a falar que se o senhor não consegue nem garantir a luz do estádio pro seu time do coração jogar, como é que pode ter a pretensão de prometer que vai ter luz para todo o resto desse país enorme? Depois, o senhor vem aqui e pergunta por que eu vou votar na Dilma? Parece abestalhado, sô!

* Miguel Nicolelis é um dos mais importantes neurocientistas do mundo. É professor da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e criador do Instituto Internacional de Neurociência de Natal, (RN). Em 2008, foi indicado ao Prêmio Nobel de Medicina.

Fonte: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/miguel-nicolelis-uma-coisa-estranha-aconteceu-em-natal.html

Miguel Nicolelis
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Direito de defesa. Quem suporta o Belão ?

Suportar as agressões injustas do Deputado Belão é apenas uma das agruras de ser oposição quase solitária na Assembléia. O fato de ser educado e cortês, sempre que possível, com meus colegas parlamentares, não significa ter duas caras, dois comportamentos, mas apenas faz parte da minha formação pessoal de respeitar os outros e ser atencioso com todos os servidores da ALE, desde seu presidente até aqueles que ocupam funções consideradas hierarquicamente subordinadas ao Poder, como auxiliares de serviço, seguranças, garçons e demais funcionários.


O deputado Belarmino confunde o fato de respeitá-lo como presidente com subserviência. E tenta enganar a opinião pública porque sabe que tenho defendido durante todo o mandato o resgate da prerrogativa de emendar o orçamento da ALE, bem como de analisar, discutir e, se necessário, aperfeiçoar e/ou corrigir projetos de lei oriundos do Executivo.

Essa triste história do nosso Legislativo Estadual precisa mudar. Em relação à Lei do Orçamento, às emendas claras, transparentes, legais, o próprio Dep. Belão já me disse várias vezes que concorda comigo, "ao pé do ouvido", que é necessário corrigir, recuperar essa prerrogativa. Nem por isso eu o chamo de "duas caras".

Respeito o fato de que ele evita se pronunciar sobre o tema publicamente. Portanto, não tive e não tenho "duas caras" e cabe agora ao Deputado Belão esclarecer se sua posição oficial é a mesma de bastidor. Se vai ficar com o que já me disse várias vezes, de que é importante e necessário que a Assembleia resgate sua prerrogativa ou se vai continuar, na prática, apoiando a posição retrógrada, anti-republicana e anticonstitucional de que a maioria governista transforme o Legislativo numa mera casa de chancela do Executivo.

Em outros momentos apoiei, incentivei iniciativas positivas da ALE, como a da diminuição do recesso, do respeito ao teto constitucional no pagto dos subsídios dos deputados, na implantação da verba indenizatória com divulgação dos gastos na internet, das medidas contra o nepotismo, da criterização rigorosa das concessões de bolsas exclusivamente para servidores da ALE.

Nesse processo, apesar das críticas que recebia por erros que vinham do passado, não me aproveitei para criticar o Dep. Belão, porque percebia claramente que ele buscava um avanço institucional real, ainda que não ideal, mas coadunado com a busca da dignidade do Poder Legislativo. Entendia que, se ele se dispunha a corrigir erros que vinham do passado, não me cabia o papel demagógico de criticá-lo por tê-los aceitado durante grande parte do seu período de gestão.

Na realidade, para mim era importante que ele tivesse a sensibilidade suficiente para corrigir equívocos graves da gestão da ALE no espírito do que o ditado popular afirma: "antes tarde, do que nunca". Penso, portanto, que houve avanços institucionais na gestão administrativa da ALE, que vão além de sua excelente estrutura física.

Claro, que ainda há necessidade de avançar mais, principalmente no que diz respeito ao concurso público e a critérios técnicos objetivos de preenchimento dos cargos comissionados da estrutura administrativa da Assembleia.

Por outro lado, já é mais do que hora de que a Assembleia avance na direção de ser, de fato o que é de direito, pelas Constituições Federal e Estadual: o Poder Legislativo do Amazonas! Com apenas "uma cara", e com uma voz coerente com valores e princípios que aprendi a cultivar desde cedo, no recôndito de meu lar paterno e materno e orientado pelos valores éticos cristãos e humanistas e por um senso de justiça e de fraternidade que deve unir as pessoas de bem, afirmo que chegou o momento de termos uma Assembleia Legislativa que realmente represente os legítimos interesses da sociedade e, que sem conflitar com o Executivo, fiscalize suas ações, legisle e exerça seu Poder Constitucional.

Luiz Castro é deputado estadual pelo PPS-Am
RICO NÃO INVADE. RICO OCUPA


Construir sobre cursos d'água ou próximo deles resulta, quase sempre, em tragédia. Foi assim ontem no porto Chibatão, onde uma parte do rio Negro acabou aterrada para dar lugar ao empreendimento. O desmoronamento da estrutura do porto - com mortos e feridos - pode se repetir em outros locais, igualmente aterrados ou invadidos. E são áreas que, sem nenhum esforço, podem ser pontuadas e identificadas. Na década de 80 um terreno de aproximadamente 5000 metros quadrados, às margens do igarapé do 40, foi invadido no bairro Japiim. A polícia retirou os invasores, mas a área foi ocupada em seguida - sem nenhuma resistência do poder público - pela família Daou, que construiu ali um shopping e até condomínios. Ao estender seus domínios sobre um terreno que era da sociedade, os Daou repetiram a invasão anterior, feita por famílias pobres, mas na visão do governo da época, agora não se tratava de invasão, mas de ocupação para preservar um cartão postal, que representava a saída do distrito industrial da Suframa. A área é composta por solo arenoso e instável, suscetível a afundamento da estrutura montada.

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O Manauara Shopping também está em terreno arenoso. O caso se repete com o shopping Millenium Center, todos construídos às margens de igarapés ou sobre cursos de rios aterrados. Numa cidade metrópole como Manaus, a não existência de um plano de prevenção de risco, que concentre uma vigilância permanente sobre esses imóveis que em tese estariam distantes das encostas de barrancos e portanto não sujeitos a desabamentos, acaba se tornando uma vergonhosa irresponsabilidade do poder público.

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Essas áreas se tornaram densamente habitadas ou frequentadas por milhares de pessoas. Até um nova tragédia, pode demorar pouco e custar muitas vidas. Mas Manaus é uma cidade onde a invasão de risco só é invasão quando é feita pelos mais pobres. Rico não invade. Rico ocupa. E sai das tragédias que provoca sem que lhe seja atribuída qualquer penalidade. Falta consciência inclusive dos mais abastados sobre o risco que é construir sobre igarapés. E há um criminoso conluio do poder público com essas pessoas ou grupos econômicos, o que é lamentável.

A FORÇA DA GRANA

A derrota do deputado Marcelo Serafim serviu para revelar que sem dinheiro ou sem a máquina ninguém (ou quase ninguém) ganha eleição no Amazonas. Marcelo, que se tornou o deputado mais atuante da bancada do Estado na Câmara Federal, foi eleito em 2006 com 92.241 votos. Quatro anos depois obteve apenas 69.798 votos. E teria sido reeleito caso sua votação fosse os mesmos 92,241 votos da eleição anterior. A última vaga de deputado federal será ocupada por Henrique Oliveira, da mesma coligação de Marcelo, que teve o apoio de 85.535 eleitores.

"PAIZÃO" DE FORA

O deputado Marcos Rota será o próximo presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas. Rota tem o apoio do governador Omar Aziz. Pela primeira vez o "Paizão", como é conhecido o deputado Belarmino Lins, pode nem entrar na disputa. Lins está sendo aconselhado a não sair candidato, embora jã tenha anunciado a sua pretensão de concorrer ao cargo.

AMAZONINO "CRIA" CARGOS

O prefeito Amazonino Mendes encaminhou à Câmara Municipal de Manaus um projeto que deve entrar na pauta de votação da Câmara Municipal de Manaus ainda esta semana e que cria a Controladoria Geral do Município e a
Secretaria de Finanças. Na CGM serão criados 45 cargos efetivos, entre analistas técnicos e assistentes de controle interno, além de 37 cargos comissionados e seis funções gratificadas. O controlador-geral e o adjunto, que serão indicados pelo prefeito terão salários de secretário e sub, respectivamente. Já na Secretaria Municipal de Finanças serão criados 58 cargos em comissão.

IMPRESSÕES DEMOCRÁTICAS

Para o deputado federal eleito Pauderney Avelino (DEM), a candidata presidencial do PT é uma garimpeira de estirpe. Ele postou no Twitter pérolas que seriam da lavra de Dilma Rousseff, ditas durante o debate da Rede TV!: “A Dilma disse algumas pérolas: a pessoa humana (sic). O Brasil foi o primeiro a entrar e o último a sair(da crise internacional).

QUASE CIVILIZADO

O debate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), realizado ontem ela Rede TV! e o jornal Folha de S.Paulo teve um clima menos agressivo e os candidatos até conseguiram falar de programas e projetos, embora sem muitas novidades. A petista prometeu deixar de cobrar PIS e Cofins sobre a energia elétrica.

AMAZONAS DE FORA

Enquanto Dilma Rousseff se preocupou em cortejar os eleitores de São Paulo, afirmando que eles sabem o que querem e, no fim do debate, fez menção a iniciativas ambientais sem se reportar ao Amazonas, o tucano José Serra colocou Manaus na discussão ao falar sobre o apagão que a cidade sofre o o governo petista não consegue resolver.

DIA DA FOTOGRAFIA

O fotógrafo Miguel Chikaoka, de Belém, foi o personagem do Photovivência, promovido ontem pelo Retratando, coordenado pelo fotógrafo Alexandre Fonseca. Chikaoka falou sobre sua experiência com a fotografia, de projetos de inclusão social voltado para infância e das peculiaridades de escrever com a luz, passar sentimento com fotografia. O evento ocorreu no Espaço Thiago de Melo, na Livraria Saraiva.

PONTO DE VISTA

Para o ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB), que concorreu como vice-governador pela coligação de Alfredo Nascimento (PR), os eleitores já fizeram suas opções quanto a votar em Dilma Rousseff ou José Serra. Ele diz que “os que restam vão esperar os debates.” No caso do Amazonas, esse ‘resto’ é superior a 400 mil eleitores, embora a candidato do PT não esteja preocupada com a região Norte, quanto mais com o Amazonas.

FATOR MARINA

Quem esperava por um posicionamento de Marina Silva e de seu Partido Verde favorável a qualquer dos presidenciáveis já perdeu a esperança com decisão do PV e da ex-candidata à Presidência de se manter neutra quanto à disputa. Agora, os verdes e o pessoal do Movimento Marina Silva vai votar em quem achar melhor. São 20 milhões de votos que fazem toda a diferença no resultado da eleição presidencial.

VERGONHA NO LEGISLATIVO

Um Legislativo forte e independente é premissa para a consolidação da democracia. No dia 26 de outubro, duas matérias jornalísticas colocam o Legislativo de joelhos em frente ao Poder Executivo.
O Jornal Amazonas em Tempo traz o editorial “Pedindo licença para votar” no qual relata a informação de que os líderes do Prefeito na CMM levaram as emendas ao projeto Zona Azul para apreciação do Secretário Municipal de Infra-estrutura para que esse autorizasse ou não a aprovação. Já o Jornal A crítica estampa a manchete “Revelações de Belarmino. Indicação milionária na ALE” na qual o Presidente da ALE assume, sem qualquer constrangimento, que os deputados da base do Governo tinham uma cota pessoal de 1 milhão destinada a suas ONG´s ou OSCIP´s.

Num momento em que crescem as críticas aos custos das Casas Legislativas do país, atitudes como essas fortalecem as dúvidas sobre a importância dos vereadores e deputados para o exercício da democracia.

Se a CMM não pode decidir sobre suas próprias emendas e, para isso, tem que consultar um Secretário, ela deixa de ter razão de existir. Havendo dúvidas nos projetos ou nas emendas, deve ser utilizado o expediente regimental de convocar o Secretário à Casa para fazer os devidos esclarecimentos.

Já na ALE, o fato denunciado pelo presidente, se verdadeiro, configura atentado ainda mais grave, com feições de crime, já que estaria caracterizada a troca de votos dos deputados por recursos liberados pelo governo para suas ONG´s, o famoso “mensalão”. O correto seria, como é feito no Congresso Nacional, destinar parte dos recursos de investimento do Orçamento do Estado para emendas parlamentares. Isso sim uma forma republicana de democratização do Orçamento.

As atitudes aqui relatadas enfraquecem e desmoralizam o Legislativo e colocam em cheque a essência da democracia.

Belão manda recado!

A entrevista do Belão parece um claro recado aos seus opositores na disputa pela Presidência da ALE.

E O MPE?

Diante da declaração do presidente da ALE, cabe ao MPE instaurar procedimento para investigar a prática criminosa denunciada. E ai?

A Emparsanco e o homem de R$ 5 milhões.

A empresa Emparsanco, envolvida em escândalos Brasil afora, realizou Assembléia Geral no dia 15.07.2009 em São Paulo na qual decidiu criar uma filial em Manaus. No dia 19.08.2009 a filial foi criada, passando a funcionar em uma sala de um Shopping. No dia 25.08.2009 a Emparsanco venceu licitação da Prefeitura Municipal de Manaus no valor de R$ 69 milhões para tapar buracos, na qual concorreu apenas com a empresa H. Guedes que pertence ao mesmo dono. No final de 2009 o contrato foi aditado em 25%, chegando a mais de R$ 90 milhões.

Diante da folha corrida da empresa e das justificáveis suspeitas sobre a licitação, tentamos de todas as formas aprovar requerimento na Câmara para que a Prefeitura informasse as ruas recuperadas. O desespero dos líderes do Prefeito em rejeitar o requerimento, só aumentava as suspeitas. Denunciamos ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas.

A empresa Emparsanco que de novembro de 2009 pra cá já recebeu quase R$ 100 milhões da PMM por serviços de tapa buraco, não tem um carrinho de mão sequer em Manaus.

Agora descobrimos o motivo de tanto desespero dos governistas. Às vésperas do primeiro turno da eleição, um homem (camelô em São Paulo) foi preso pela Polícia Federal tentando sacar R$ 5 milhões, transferidos justamente pela empresa Emparsanco.

Na verdade, a Prefeitura esconde a informação quanto às ruas recuperadas pela Emparsanco porque essa empresa nunca tapou buraco em Manaus, a não ser o buraco da corrupção, da roubalheira e do desvio do dinheiro público.

O homem de R$ 5 milhões continua preso e seu pedido de liberdade provisória foi negado. A Polícia Federal pediu a quebra do sigilo bancário da Emparsanco e busca descobrir para que campanha o dinheiro seria destinado. E o Prefeito, este continua no mar de lama que marca toda a sua vida pública.

Marcelo Ramos é advogado e vereador em Manaus. www.vereadormarceloramos.com.br

Últimas estatísticas do número de pessoas que visitam o blog do CNSC por todo o Planeta Terra.

O Blog do Grêmio do Colégio Nossa Senhora do Carmo tem sido acessado por gente de Todo o planeta, confiram.
Brasil 2.289

El Salvador 468

Estados Unidos 52

Portugal 43

Canadá 39

França 13

China 11

Rússia 5

Japão 4

Tailândia 4

ìndia 3

Camilo Capiberibe é o novo governador do Amapá

Eleições 2010 - 31/10/2010

O candidato do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Camilo Capiberibe, é o novo governador do Amapá, com 53,68% dos votos válidos apurados até às 20h (horário de Brasília). Camilo exerce atualmente, aos 38 anos de idade, mandato como deputado estadual.

O socialista é filho de João Capiberibe (PSB), ex-senador e ex-governador do Amapá, e da deputada federal Janete Capiberibe (PSB). Nasceu no Chile, em 1972, quando seus pais estavam exilados durante a ditadura militar. Formado em direito, iniciou a militância política no movimento estudantil. É filiado ao PSB desde 1998.


fonte:www.psbnacional.org.br

Ricardo Coutinho é o novo governador da Paraíba.



Eleições 2010 - 31/10/2010
O candidato do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Ricardo Coutinho, é o novo governador eleito da Paraíba, com 53,69% dos votos válidos e 97,92% das sessões apuradas, às 20h08 (horário de Brasília).


Ricardo Coutinho foi vereador de João Pessoa (1993-1999), deputado estadual (1999-2004) e prefeito da capital paraibana por duas vezes, sendo eleito pela 1ª vez em 2004 e reeleito em 2008, como o prefeito com o maior índice de aprovação da história de João Pessoa, com 82%.


Renunciou à prefeitura de João Pessoa em 31 de março de 2010, durante o período de seu segundo mandato, para disputar o governo da Paraíba. É o presidente estadual do PSB paraibano.
Formado em Farmácia pela UFPB e com especialização em Farmácia Hospitalar na UFRJ, conquistou, por meio de concurso público, uma vaga de farmacêutico no Hospital Universitário da capital paraibana, onde foi presidente do Centro Acadêmico de Farmácia. Também atuou na presidência do Sindicato da categoria e em 1990 foi fundador do Sindisaúde. Na mesma década, fundou o Departamento de Saúde da CUT/PB.

fonte:www.psbnacional.org.br

Wilson Martins diz que desafio é tornar o Piauí menos desigual.



Agência Brasil

Teresina - Depois da disputa acirrada no Piauí, o governador reeleito Wilson Martins (PSB) disse que espera contar com o apoio da oposição, agregando boas propostas ao seu governo. “Acabou o palanque eleitoral. Vou buscar o apoio de todos, inclusive da oposição, para desenvolver o Piauí e torná-lo independente", afirmou.

O governador, que venceu o ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes (PSDB) por 58,93% a 41,07%, ressaltou o desafio de tornar o estado menos desigual, desenvolvendo suas potencialidades. “Os índices [do Piauí] são perversos, tanto sociais quanto econômicos”, lamentou. O estado tem a pior taxa de analfabetismo funcional (37,5% da população) e o terceiro pior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país, superando apenas Alagoas e o Maranhão.

“Vamos redobrar os projetos de planejamento, para que o cidadão possa se orgulhar de ser piauiense. Para manter o estado em desenvolvimento, vamos investir em estradas, aeroportos, linhas de transmissão de energia. Quero fazer tudo que é necessário para atrair investimentos”, disse o governador. Entre os maiores potenciais do estado estão a agricultura, o turismo e a mineração.

Wilson Martins foi eleito vice-governador do Piauí em 2006 e assumiu a gestão do estado neste ano quando o então governador, Wellington Dias (PT), renunciou para concorrer ao Senado. Antes, ele foi deputado estadual por três mandatos (1994, 1998 e 2002), pelo PSDB, após ser presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina entre 1993 e 1994. No primeiro mandato de Dias, Martins foi nomeado secretário de Desenvolvimento Rural.

Até amanhã (2), o governador deve descansar e encontrar familiares e amigos no município de Santa Cruz do Piauí, onde nasceu. Na quarta-feira, ele embarca para Brasília, onde vai se reunir com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Para acelerar o desenvolvimento do estado, Martins disse que manterá relação próxima com a presidente eleita Dilma Rousseff.

DILMA É A NOVA PRESIDENTE DO BRASIL!

Na foto Dilma ao lado do Presidente Nacional do PSb Governador Reeleito Eduardo Campos.
Pela primeira vez na sua história, o Brasil elegeu uma mulher para o cargo de presidente da República. Dilma Rousseff venceu com 55,72%, com 96,00% da sessões apuradas, o que garantiu a vitória já às 20h34 deste domingo (31).

Dilma afirmou que irá governar para todos os brasileiros, independentemente da sua preferência partidária, procurando diálogo franco com a oposição.

Ela também afirmou que quer ter o presidente Lula da Silva por perto a partir de Janeiro, quando tomará posse, mas este deixou claro, ao votar, que isso não inclui a sua participação no governo, pois um ex-presidente tem de deixar o outro governar e torcer para que faça mais do que ele próprio fez.

Para o primeiro secretário Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, "A vitória de Dilma Rousseff assegura a todos os brasileiros, não apenas a continuidade de todas as mundaças iniciadas no governo Lula, mas sobretudo o aprofundamento dessas mudanças, que promoveram mais desenvolvimento e justiça social para todo o País, além de colocar o Brasil em posição de destaque no cenário internacional".

fonte:www.psbnacional.org.br