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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

OS TRÊS PECADOS DE OMAR

O governador Omar Aziz pecou três vezes no seu discurso de posse. Chamou Amazonino Mendes de estadista em razão de um delírio: o de ter criado a UEA. Embora necessária, a Universidade Estadual simboliza o improviso e a falta de planejamento de um governo de muitos erros. Não podia ter surgido após uma noite de pesadelo do velho líder, que achou ser posssível criar uma instituição de ensino e pesquisa através de um simples decreto. A UEA subsiste hoje graças a um esforço do governo que sucedeu Amazonino e a participação decisiva de empresários, que nao permitiram que a instituição sucumbisse.

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O segundo pecado de Omar foi exatamente na abordagem do item que mais preocupa a sociedade e o seu governo. Num sofrível improviso, o governador revelou que a segurança terá tratamento preferencial, mas esqueceu de mostrar a necessária visibilidade aos projetos para a educação básica. Se esta não é eficiente, aquela não se conserta, não se soluciona no médio e longo prazo.

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O terceiro pecado é capital. Ao endeusar Amazonino - “Em 1983 eu conheci um jovem prefeito e me tornei amigo dele. Ele era prefeito nomeado, fez uma grande administração na prefeitura, transformou a cidade de Manaus”,e elogiar Braga - "meu amigo, meu companheiro” - Omar se coloca no meio de uma batalha politica, que já se revelou, com a eleição da presidência da Câmara de Vereadores, sem regras ou limites, e onde o passado de amizades ou compromissos conta muito pouco.

OS COMPROMETIDOS

O deputado Belarmino Lins tratou de comprometer toda a Assembleia Legislativa do Amazonas com o governo Omar Aziz, em discurso ontem durante a posse do governador: “A postura dos membros da Assembleia senhor governador, se manterá no mesmo padrão dos últimos anos no parlamento do Amazonas” . Os deputados foram de um servilismo sem tamanho nos últimos oito anos, abrindo mão até da autonomia de legislar, ao permitir que o ex-governador Eduardo Braga governasse por decreto.

FIGURA EMBLEMÁTICA

Outro ponto "baixo" do discurso de Lins, foi dizer que o vice-governador José Melo é uma figura emblemática. Entende-se por emblemático quem é alegórico, simbólico, figurativo, misterioso ou místico. Em qual dos adjetivos se enquadraria o vice-governador? Para quem conhece a sua capacidade de agir nas sombras, o "misterioso" casa bem. Mas Melo merecia ser "poupado" pelo também emblemático presidente da Assembleia Legislativa, que na ânsia de elogiar, acabou complicando...

BEM COMPLICADO

O deputado Belarmino Lins gosta de complicar. Por que ele tinha que lembrar da "dignidade e competência" de Sandra Braga, para só depois falar dos predicados da primeira-dama, Nejmi Aziz? Belarmino, com seu discurso açucarado, parecia no centro de uma batalha que o deixa confuso e ansioso por agradar os lados em disputa.

MEIO MAGOADO

O vereador Homero de Miranda Leão não apareceu na posse de Isaac Tayah, como presidente da Câmara no dia de ontem. Homero anda magoado.

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