O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), perdeu a compostura e mandou uma moradora de área de risco morrer nesta segunda-feira (21). A discussão aconteceu em frente às câmeras de TV e já está circulando na internet. No último domingo (20), duas pessoas morreram vítimas de um deslizamento em área de risco na cidade.
A discussão do prefeito com a moradora aconteceu durante a visita do prefeito e sua comitiva à área conhecida como Santa Marta, na zona norte de Manaus. Ao conceder entrevista, o prefeito pediu à população que saísse do local em razão dos riscos da área.
“O senhor quer a nossa ajuda como?”, indagou a moradora. “Não fazendo casas onde não deve”, respondeu o prefeito. “Mas nós estamos morando aqui porque não temos condições de ter uma moradia digna”, retrucou a moradora. Nesse momento, o prefeito disparou: “Então morra, minha filha, morra”.
Após mandar a moradora morrer, o prefeito perguntou de onde ela vinha. Ela respondeu que vinha do Pará, Estado de onde partem milhares de migrantes em direção ao Amazonas todos os anos. Ao ouvir a resposta, Amazonino respondeu, em tom de deboche: “Pronto. Tá explicado”.
Para o sociólogo Luiz Antônio Nascimento, professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a atitude do prefeito de Manaus é deplorável. “Ele ignora que as pessoas que moram em área de risco não o fazem por opção, mas por falta de opção”, diz Nascimento.
O sociólogo diz ainda que ao questionar a origem da moradora, o prefeito reforça um preconceito inaceitável. “Imagine que um amazonense esteja em São Paulo à espera de tratamento de saúde e o secretário de saúde de lá venha perguntar e fazer ilações sobre o fato de ele ser do Amazonas. Isso é um desrespeito. Ele precisa se retratar”, afirma o sociólogo.
O UOL Notícias entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Manaus, que informou que iria emitir uma nota oficial sobre o caso.
Uol notícias
A discussão do prefeito com a moradora aconteceu durante a visita do prefeito e sua comitiva à área conhecida como Santa Marta, na zona norte de Manaus. Ao conceder entrevista, o prefeito pediu à população que saísse do local em razão dos riscos da área.
“O senhor quer a nossa ajuda como?”, indagou a moradora. “Não fazendo casas onde não deve”, respondeu o prefeito. “Mas nós estamos morando aqui porque não temos condições de ter uma moradia digna”, retrucou a moradora. Nesse momento, o prefeito disparou: “Então morra, minha filha, morra”.
Após mandar a moradora morrer, o prefeito perguntou de onde ela vinha. Ela respondeu que vinha do Pará, Estado de onde partem milhares de migrantes em direção ao Amazonas todos os anos. Ao ouvir a resposta, Amazonino respondeu, em tom de deboche: “Pronto. Tá explicado”.
Para o sociólogo Luiz Antônio Nascimento, professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a atitude do prefeito de Manaus é deplorável. “Ele ignora que as pessoas que moram em área de risco não o fazem por opção, mas por falta de opção”, diz Nascimento.
O sociólogo diz ainda que ao questionar a origem da moradora, o prefeito reforça um preconceito inaceitável. “Imagine que um amazonense esteja em São Paulo à espera de tratamento de saúde e o secretário de saúde de lá venha perguntar e fazer ilações sobre o fato de ele ser do Amazonas. Isso é um desrespeito. Ele precisa se retratar”, afirma o sociólogo.
O UOL Notícias entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Manaus, que informou que iria emitir uma nota oficial sobre o caso.
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