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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Torneio Estudantil do CNSC foi um sucesso de participação


No último sábado (19 de Novembro) foi realizado o Torneio Estudantil do CNSC, a competição contou com a participação de 191 alunos do Turno Matutino e 84 do Turno Noturno em três modalidades: Xadrez, Futsal e Tênis de Mesa. Esta atividade esportiva foi realizada para comemorar o 1º lugar nos Jep´s 2011 e por inúmeros pedidos de nossos estudantes, o objetivo foi proporcionar aos nossos atletas um momento de lazer e mostrar que o Esporte também é um elemento transformador e uma ferramenta solidária.

Xadrez Feminino

1º Lugar – Iamara Rodrigues (9º “03)
2º Lugar – Brenda Okamura (8º “02”)
3º Lugar - Mariane dos Santos Oliveira (9º “03”)

Xadrez Masculino

1º Lugar – Victor Godinho (7º “04”)
2º Lugar – Otávio Batista (7º “04”)
3º Lugar – Daniel Xavier (7º “04”)


Campeões do Futsal (Turno Matutino)


Nível 01 – 6º “02” (Santos F.C)
Nível 02 – 7º “04” (Os Chapadinhas do Carmo)
Nível 03 – 8º “03” (Amendo - Bobos “year”)
Nível 04 – 9º “03” (Os Galáticos)
Nível 05 – Ensino Médio (Os campeões foram os atletas do 2º “01” após uma emocionante decisão nos pênaltis contra o 2º “02” que também fez uma excelente campanha)

Futsal Feminino – Cerca de 50 alunas participaram desta modalidade, as finalistas são as equipes do 9º “04”, 2º “02” e 8º ano “01”.



Agradecimentos a Direção do Colégio por nos ceder o espaço para a realização do torneio (Quadra, Refeitório e Sala de Ed. Física) e também a Coordenação do Projeto Jovem Cidadão no CNSC pelo material esportivo.

Ronda nos Bairros

Por Marcelo Ramos

O Governo vem anunciando um grande investimento em segurança pública. Novas viaturas, novo armamento e mais policiais militares são algumas das medidas que visam consolidar o programa “Ronda no Bairro”. Mas será que isso basta?

É verdade que a população ainda não sentiu os efeitos dos investimentos e que ainda vive uma situação de absoluta insegurança, mas a consolidação das medidas anunciadas deve dar uma mínima sensação de segurança pra quem hoje está tomado pelo medo.

No entanto, se os investimentos anunciados não estiverem acompanhados da conscientização e do comprometimento dos comandos das polícias com a ideia de uma segurança comunitária – construída em diálogo com a população – e, acima de tudo, da valorização salarial e profissional dos policiais, na certa o programa estará fadado ao fracasso.

Do ponto de vista da concepção de polícia comunitária, vejo avanços importantes no comando da Polícia Militar, que tem orientado seus comandados a fazer da comunidade sua aliada prioritária no combate ao crime. Já no comando da polícia civil, permanece uma visão pouco comprometida com a população e pouco preocupada em fortalecer e valorizar seus comandados, gerando insatisfação na corporação e desvalorização dos profissionais mais dedicados.

Já a valorização salarial e profissional dos policiais civis e militares precisa sair do discurso e ser efetivada com medidas concretas, como o envio pelo Governador da Lei dos Subsídios, a elaboração de uma lei garantidora de direitos para a promoção dos praças, e o atendimento das reivindicações salariais e de melhores condições de trabalho dos policiais civis.

Sem corrigir as distorções e os desvios de concepção no comando da polícia civil e sem a garantir melhorias salariais e profissionais, o Ronda nos Bairros tornar-se-á mais uma frustração.

Segurança pública se faz com viaturas, armas, prédios e computadores, mas se faz principalmente com homens e mulheres bem treinados, bem remunerados e valorizados profissionalmente.

Marcelo Ramos é Deputado Estadual pelo PSB-AM.

Ser Parlamentar



Por Marcelo Ramos

Tenho aproveitado os finais de semana para visitar o interior do Estado. No último fui à Codajás, no penúltimo à Autazes e ao Careiro Castanho, mas já passei por Apuí, Tabatinga, Parintins, Canutama, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Maués, Boa Vista do Ramos e Manacapuru.



Como tive 84% dos meus votos em Manaus e contaminados por uma visão estreita do papel do parlamentar, muitos me perguntam: “Mas por que viajar tanto para o interior seu os seus eleitores estão em Manaus?” A resposta é simples. Do dia que tomei posse em diante, não sou deputado dos meus eleitores, sou deputado de todo o povo amazonense e procurarei honrar esse compromisso.

Vou ao interior prestar contas do meu mandato, ouvir as demandas dos munícipes e fiscalizar as obras e programas do governo estadual e federal. Faço relatos do que vejo, denuncio os desmandos – não são poucos, e apresento proposituras legislativas para enfrentar os problemas que encontro nessas caminhadas.

Vivemos num Estado de dimensões continentais com pouca malha rodoviária intermunicipal, com transporte fluvial precário e com transporte aéreo feito em aeronaves pequenas e pousos em pistas não homologadas. As viagens são sempre arriscadas ou desconfortáveis – as vezes, os dois – mas sempre compensadas pela sensação de dever cumprido, pela gratidão das pessoas e pela exuberante beleza natural dos caminhos.

E assim vou chegando ao fim do primeiro ano como deputado estadual buscando fazer do mandato um instrumento de defesa dos interesses e melhorias das condições de vida do povo. Presente na capital e no interior, fiscalizador das contas e obras públicas e apresentando projetos de lei (já são mais de 40) com soluções legislativas pra os problemas denunciados.

Parabéns Gabriel. A viagem desse fim de semana me impediu de acompanhar a apresentação do grupo de dança do meu filho Gabriel. Já sei que foi um sucesso. Esse meu filhão só me dá orgulho.


O Autor é Deputado Estadual pelo PSB do Amazonas!

Contra a Farra dos Pilantras!



Ele emprega toda a família no Senado!!!


Só pra não perder a piada...

A JSB está empenhada em acabar com a bandalheira dos maus políticos.

Omissao Inaceitavel

Por Marta Suplicy

Quanto mais a sociedade avança na compreensão e, consequentemente, na aceitação da homossexualidade, maior a reação homofóbica. Isso vem de uma parte da sociedade (minoritária, mas estridente) e tem se agravado: discursos contra gays, violência de rua e assassinatos.

Há algumas décadas assistimos, na representação parlamentar, a um movimento em direção ao conservadorismo. Projetos como o de parceria civil entre pessoas do mesmo sexo, que apresentei há 16 anos, caducam.

Desarquivei com relativa facilidade o projeto de lei da Câmara 122, que criminaliza a homofobia. O texto, de autoria da ex-deputada federal Iara Bernardi, levou quatro anos para ser aprovado. Depois, tivemos um valoroso trabalho da ex-senadora Fátima Cleide, que o aprovou na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Hoje ele está na Comissão de Direitos Humanos.

A dificuldade que temos é a mesma de sempre: grupos religiosos que fazem da homofobia sua plataforma eleitoral, pessoas que confundem o combate aos atos de violência contra homossexuais com o apoio à união estável ou ao casamento e senadores nada interessados em se expor por um assunto cada vez mais radicalizado e mal compreendido por uma parte do eleitorado.

A consequência desse apequenamento e conservadorismo dos parlamentares tem sido o aumento de crimes homofóbicos no Brasil e a judicialização de uma responsabilidade que é do Congresso.

A Argentina, que tinha conduta conservadora em relação ao tema, aprovou, em julho de 2010, o casamento gay. Enquanto isso, temos espancamentos na avenida Paulista.

Algumas ações têm ajudado a contrapor essa omissão que envergonha nosso país: a ação proposta ao Supremo Tribunal Federal pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, que propiciou o histórico resultado favorável à união estável para casais homoafetivos, a impecável posição do dramaturgo Gilberto Braga na novela “Insensato Coração”, esclarecendo milhões, o meu requerimento ao Conselho Nacional de Justiça pela regulamentação da união estável e textos como o de Contardo Calligaris (Ilustrada, 10/11), que interpretam psicanaliticamente o ódio homofóbico.

Nesse momento, trabalho para aprovar no Senado um substitutivo ao PLC 122, com mudança no artigo 20, referente à liberdade de expressão. As modificações foram feitas em conjunto, por mim, por Toni Reis (presidente da ABGLT) e pelos senadores Marcelo Crivella e Demóstenes Torres.

O Congresso brasileiro não pode continuar a reboque da sociedade. Já passou da hora de ele fazer sua parte para termos leis que reafirmem valores democráticos e humanitários neste mundo de outros valores que se descortina.

Juventude e Compromisso Público

Após crescimento obtido no ultimo pleito, o PSB passou a administrar 6 estados brasileiros (Amapá, Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Espírito Santo), tornando-se o maior partido de esquerda em número de governadores. Neste cenário o crescimento da Juventude Socialista Brasileira não foi diferente, além de uma campanha diferenciada, a JSB conseguiu emplacar alguns de seus quadros para ocupar espaços de destaques nas assembléias legislativas e na Câmara dos Deputados, entre os quais destacamos os companheiros Domingos Neto, Glauber Braga e Luiz Noé, entre outros.

A participação da juventude em todo esse processo rendeu um novo patamar de dialogo com o partido e com agendes públicos eleitos, inclusive os aliados, sinalizando de fato que tema das Políticas Públicas de Juventude tem verdadeira importância e deva ocupar espaço de destaque na agenda dos governos.

Esse processo jamais acontece de forma isolada, foi sempre construído pela via da unidade e do trabalho compartilhado, em todos os aspectos.

Prova disso foi o Pacto pela Juventude [proposição das organizações da sociedade civil organizada que compõe o Conselho Nacional de Juventude -Conjuve] que foi assumido por todos nossos governadores, que já no período da campanha sinalizavam a tamanha importância que o tema havia ganhado.

O resultado destes compromissos já são visíveis em nossas administrações. A criação de espaços institucionais onde ainda estes não existem e o fortalecimento dos já instituídos são uma clara sinalização de que a autonomia de trabalho será uma marca a ser estabelecida no futuro.

Porém o nosso trabalho com as Políticas Públicas de Juventude não vem do processo eleitoral. Vem de muito antes. Com a ajuda ou sem a ajuda dos governantes a JSB sempre ressaltou a importância da implantação de uma Política Publica específica para o jovem como forma de empoderamento das suas ações.

Há diversas experiências construídas e executadas pela JSB, dentre a criação de órgãos, conselhos e programas voltados a juventude. Sempre construídos com participação efetiva da militância socialista.

Diversos são os espaços ocupados e trabalhos desenvolvidos por companheiros nas administrações públicas, na esfera municipal e estadual, mesmo quando o governo não é do PSB.

Entendendo que o avanço não pode ser interrompido, a JSB, por conta da demora do Conselho Nacional de Juventude na publicação do regimento da 2ª Conferência Nacional de Juventude, decidiu não parar o processo de construção da conferencia, que segundo decreto assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 12 de agosto de 2010, deveria acontecer entre os dias 8 e 11 de Setembro de 2011. Porém sem regimento não há conferencia.

Exemplo deste comprometimento vem através da atuação do governo do estado do Acre, que não é administrado pelo PSB, e sim pelo PT, porém a responsabilidade do tema juventude está a cargo da JSB na figura do companheiro Thiago Higino – Assessor Especial de Juventude e que convocou nesta terça feira dia 23 de março de 2011 a sua Conferência Estadual de Juventude.

A atividade contou com o reforço do nosso companheiro Fabrício Lopes da JSB Paulista e também membro do CONJUVE.


A nossa luta não para por aí. Queremos o avanço, não o retrocesso. Continuaremos debatendo, avançando, com ou sendo estrutura.

Pois a adversidade é o combustível da nossa luta.

Avante! JSB rumo a 2ª Conferência Nacional de Juventude.

Texto de Talita Meng da JSB de São Paulo!

Brecht!

Um pouco de Brecht é sempre bom:

Elogio da Dialética

A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nòs queremos nunca mais o alcançaremos

Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nòs
De quem depende que ela acabe? Também de nòs
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aì que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.

(Bertold Brecht)

Juventude Apoia as Mulheres!









A JSB AM apoia esta ideia.


Também lutamos pelo fim da violência contra as mulheres.

Faça a sua parte: http://www.homenspelofimdaviolencia.com.br/

Relato de um Socialista Brasileiro!

O Brasil é um país de muitos ditados e chavões (provavelmente este seja mais um deles) e a grande frase feita do momento é “os políticos são todos bandidos”. Todos querem que seus filhos sejam médicos, advogados ou militares, mas se de repente na rebeldia adolescente ele começa a militar no grêmio de seu colégio os pais logo torcem a cara e exclamam a plenos pulmões: não quero filho comunista e maconheiro (nunca entendi muito bem essa associação automática que as pessoas fazem entre ser de esquerda e fumar maconha).

Por sorte sou de uma família atípica, todos são políticos, envolvidos direta ou indiretamente com política, portanto não tive problemas em me dedicar à militância político-partidária. Lembro-me da campanha de 1989 (tinha apenas 8 anos) quando andava de cima para baixo com a bandeira do Lula. Aos 13 anos fui ao meu primeiro congresso estudantil. Tirei o título de eleitor assim que fiz 16 e aos 17 me filiei ao Partido Socialista Brasileiro por livre e espontânea vontade e em total liberdade de consciência.

Dentro de casa sempre tive o exemplo de que a política existe para mudar a vidas das pessoas. A boa política, que aplica Políticas Públicas sérias, modifica pra melhor. A má política, das trocas de favores e beneficiamentos, modifica para pior. Fiz a clara opção de trabalhar para mudar a realidade social de nosso país, alinhando-me assim à boa política. Lembro-me das discussões socialistas entre eu e Biel. Eu sempre mais ponderado e ele radical, revolucionário, a ponto de incorporar o “Hasta la victória siempre” à sua assinatura. E foi nesse clima que crescemos, debatendo política. Nas reuniões de família tanto dos Luna quanto dos Andrade o prato do dia é política, na certa.

Já estou há tanto tempo nisso que não me assusta mais a reação das pessoas à minha resposta sobre com o que eu trabalho. Política? Como assim? Você parece ser uma pessoa tão séria. E é aí que começa o trabalho de “evangelização” para quebrar esse estigma que as pessoas (induzidas pela grande mídia e por exemplos de alguns “colegas”) põem sobre a política e seus executivos. Eu poderia ser bancário? Sim, poderia. Poderia ser militar? Sim, também. Mas cada um nasce com aptidão, vocação e afinidade com determinada carreira, eu nasci com política correndo em minhas veias.

Não tenho pretensões eleitorais. Para mim basta estar perto. Contribuir. Colaborar. Intervir. Cobrar. E dar o meu melhor para mudar a vida dos outros. Às vezes uso da pequena influência que tenho para ajudar as pessoas (reparo de um vazamento, troca de uma lâmpada no poste etc), mas sou incapaz de pedir o favor de volta (até porque não foi um favor). Muito menos sou incapaz de deixar de fazer algo porque a área é de fulano ou beltrano.

E acreditem. Assim como eu há muitos outros executivos da política. Pessoas que muitas vezes abrem mão de estarem com a família, de beberem uma cerveja com os amigos e de baterem aquela pelada dos finais de semana, para se dedicarem a uma causa maior, a coletividade, a sociedade.
As pessoas podem não acreditar mais vivemos dignamente com nossos salários. Moramos de aluguel. Compramos carro popular em 60 vezes (no meu caso ando de transporte público). Fazemos carnê nas Casas qualquer coisa. E o pior, nossas contas no banco só vivem no cheque especial. Muitos inclusive têm outras ocupações para ajudar no orçamento.
Portanto, nada mais injusto do que generalizar. Sabemos que tem muitos que vêem na política uma forma de se dar. Mas esses não são políticos. Estão usando a política. Quantos não viram advogados para dar golpes nos incautos. E quantos viram policiais só para poder achacar “oficialmente”. E nem por isso a advocacia ou o a polícia deixam de ser dignas. Tudo vai da índole, da intenção. Esses que se aproveitam da política geralmente continuam com suas safadezas mesmo longe dela porque já as fazia antes de pensar em entrar na vida pública. E exemplos não faltam. Ninguém se corrompe do dia para a noite. Basta que se faça um breve exame na vida pregressa para saber quem é quem e para que banda ele tenderá.

O que precisa ser entendido é que não vivemos num estado despótico, logo do presidente da república ao vereador de Borá – SP (o município com o menor número de habitantes/eleitores no Brasil) todos são eleitos pelo voto direto do povo. Mesmo que tenhamos críticas a forma como nossos “representantes” são eleitos a poliarquia brasileira se mostra menos ruim do que os 21 anos de autoritarismo. O maior dos problemas é que as pessoas na sua maioria não se preocupam em conhecer em quem estão votando, menos ainda se importam em cobrar as promessas de campanha. Participação política não é só votar a cada dois anos. É mais que isso. Mas é também lembrar em quem se votou.

Assim sendo, chega de jogar a culpa na pobre política ou nos políticos (alguns nem tão pobres assim). Chame para si a responsabilidade de fazer diferente. Nosso Congresso é apenas um retrato em cores vivas das entranhas da sociedade. Que não são tão bonitas nem ao menos cheirosas. Se um parlamentar te oferecesse uma passagem de ida e volta ao Nordeste ou à Miami o que você diria? Já se perguntou quantas vezes já fez uso do nosso tão famoso jeitinho?

Não podemos cair na esparrela de crer que a política e os políticos são dispensáveis e inúteis. Se não for pela política será como? Terceiro setor? Só tem esse nome por estética porque nada é tão atrelado e dependente das benesses políticas do estado quanto ele. E o mercado? Muito menos. Em tempos de crise econômica global o que seria dele sem a política?

Para finalizar, afirmo e reafirmo. Sou político sim. Por vocação, aptidão e paixão. Não tenho vergonha dos que fazem mau uso da política pelo simples fato de não me julgar como eles, nem os julgo políticos. Na verdade a eles devoto minha revolta e meu desapreço, pena que infelizmente não possa simplesmente devota-los meu desprezo.


Em tempo, vale deixar um pequeno texto para reflexão geral.

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”
(Analfabeto Político - Bertold Brecht)





Livio de Andrade Luna da Silva

Bacharel em Relações Internacionais

Militante Político

Filiado ao PSB desde 09/02/1999

Desculpem a moléstia

Por Eduardo Galeano


Quero compartilhar com vocês algumas perguntas, moscas que zumbem na minha cabeça:

O zapatista do Iraque, o que jogou os sapatos contra Bush, foi condenado a três anos de prisão. Não merecia, na verdade, uma condecoração?

Quem é o terrorista? O zapatista ou o zapateado? Não é culpado de terrorismo o serial killer que, mentindo, inventou a guerra do Iraque, assassinou a um montão de gente, legalizou a tortura e mandou aplicá-la?

São culpados os habitantes de Atenco, no México, ou os indígenas mapuches do Chile, ou os kekchies da Guatemala, ou os camponeses sem terra do Brasil, todos acusados de terrorismo por defender seu direito à terra? Se sagrada é a terra, mesmo se a lei não o diga, não são sagrados também os que a defendem?

Segundo a revista Foreign Policy, a Somalia é o lugar mais perigoso do mundo. Mas quem são os piratas? Os mortos de fome que assaltam navios ou os especuladores de Wall Street, que há anos assaltam o mundo e agora recebem multimilionárias recompensas por suas atividades?

Porque o mundo premia os que o saqueiam?

Por que a justiça é cega de um único olho? Wal Mart, a empresa mais poderosa de todas, proíbe os sindicatos. McDonald’s, também. Por que estas empresa violam, com delinqüente impunidade, a lei internacional? Será que é por que no mundo do nosso tempo o trabalho vale menos do que o lixo e valem menos ainda os direitos dos trabalhadores?

Quem são os justos e quem são os injustos? Se a justiça internacional realmente existe, por que não julga nunca aos poderosos? Não são presos os autores dos mais ferozes massacres? Será que é porque são eles que têm as chaves das prisões?

Por que são intocáveis as cinco potências que tem direito de veto nas Nações Unidas? Esse direito tem origem divina? Velam pela paz os que fazem o negócio da guerra? É justo que a paz mundial esteja a cargo das cinco potências que são as cinco principais produtoras de armas? Sem desprezar aos narcotraficantes, este também não é um caso de “crime organizado”?

Mas não demandam castigo contra os senhores do mundo os clamores dos que exigem, em todos os lugares, a pena de morte. Só faltava isso. Os clamores clamam contra os assassinos que usam navalhas, não contra os que usam mísseis.

E a gente se pergunta: já que esses justiceiros estão tão loucos de vontade de matar, por que não exigem a pena de morte contra a injustiça social? É justo um mundo em que a cada minuto destina três milhões de dólares aos gastos militares, enquanto a cada minuto morrem quinze crianças por fome ou doença curável? Contra quem se arma, até os dentes, a chamada comunidade internacional? Contra a pobreza ou contra os pobres?

Porque os adeptos fervorosos da pena de morte não exigem a pena de morte contra os valores da sociedade de consumo, que cotidianamente atentam contra a segurança pública? Ou por acaso não convida ao crime o bombardeio de publicidade que aturde a milhões e milhões de jovens desempregados ou mal pagos, repetindo para eles dia e noite que ser é ter, ter um automóvel, ter sapatos de marca, ter, ter, e que não tem, não é?

E por que não se implanta a pena de morte contra a pena de morte? O mundo está organizado a serviço da morte. Ou não fabrica a morte a industria militar, que devora a maior parte dos nossos recursos e boa parte das nossas energias? Os senhores do mundo só condenam a violência quando são outros os que a exercem. E este monopólio da violência se traduz em um fato inexplicável para os extraterrestres e também insuportável para os terrestres que ainda queremos, contra toda evidência, sobreviver: os humanos somos os únicos especializados no extermínio mútuo e desenvolvemos uma tecnologia da destruição que está aniquilando, de passagem, ao planeta e a todos os seus habitantes.

Esta tecnologia se alimenta do medo. É o medo que fabrica os inimigos que justificam o desperdício militar e policial. E em vias de implantar a pena de morte, que tal se condenamos à morte o medo? Não seria saudável acabar com essa ditadura universal dos assustadores profissionais? Os semeadores de pânico nos condenam à solidão, nos proíbem a solidariedade: salve-se quem puder, destruam-se uns aos outros, o próximo é sempre um perigo que se aproxima, olho, cuidado, esse cara vai te roubar, aquele vai te violar, este carrinho de nenê esconde bomba muçulmana e se essa mulher te olha, essa vizinha de aspecto inocente, certamente vai te contagiar com a gripe Porcina.

No mundo de cabeça para baixo, dão medo até os mais elementares atos de justiça e de bom senso. Quando o presidente Evo Morales começou a refundação da Bolívia, para que esse país de maioria indígena, deixasse de ter vergonha de olhar no espelho, provocou pânico. Este desafio era catastrófico do ponto de vista da ordem racista tradicional, que dizia que era a unida ordem possível. Evo era, trazia o caos e a violência e por sua culpa a unidade nacional ia explodir em pedaços. E quando o presidente equatoriano Rafael Correa anunciou que se negava a pagar as dívidas não legítimas, a noticia produziu terror no mundo financeiro e o Equador foi ameaçado com terríveis castigos, por estar dando um tão mau exemplo. Se as ditaduras militares e os políticos ladrões foram sempre mimado pelos bancos internacionais, não nos acostumamos já a aceitar como fatalidade do destino que o povo pague o garrote que o golpeia e a cobiça que o saqueia?

Mas será que se divorciaram para sempre o bom senso e a justiça? Não nasceram para andar juntos, bem pegadinhos, o bom senso e a justiça?
Não é de bom senso, e também de justiça, esse lema das feministas que dizem que se nós, os machos, ficássemos grávidos, o aborto seria livre? Por que não se legaliza o direito ao aborto? Será porque então deixaria de ser o privilegio das mulheres que podem paga-lo e dos médicos que podem cobrá-lo?

O mesmo acontece com outro escandaloso caso de negação da justiça e do bom senso: por que não se legalizam as drogas? Por acaso não se trata, como no caso do aborto, uma questão de saúde publica? E o país que tem mais drogados, que autoridade moral tem, que autoridade moral tem para condenar aos que abastecem sua demanda? E por que os grandes meios de comunicação, tão consagrados à guerra contra o flagelo da droga, não dizem nunca que ela provêm do Afeganistão quase toda a heroína que se consome no mundo? Quem manda no Afeganistão? Não é esse um país ocupado militarmente pelo pais messiânico que se atribui a missão de salvar a todos nós?

Por que não se legalizam as drogas pura e simplesmente? Não será porque elas dão o melhor pretexto para as invasões militares, além de brindar os mais suculentos lucros aos bancos que de noite trabalham como lavanderias?

Agora o mundo está triste porque se vendem menos carros. Uma das conseqüências da crise mundial é a queda da próspera indústria automobilística. Se tivéssemos algum resto de bom senso e um pouquinho de sentido de justiça, não teríamos que celebrar essa boa noticia? Ou por acaso a diminuição de automóveis não é uma boa noticia, do ponto de vista da natureza, que estará um pouquinho menos envenenada e dos pedestres, que morrerão um pouco menos?

Segundo Lewis Carroll, a Rainha explicou a Alice como funciona a justiça no país das maravilhas:

- Ai você tem – disse a Rainha. Está preso cumprindo sua condenação; mas o processo só vai começar na segunda-feira. E, claro, o crime será cometido no final.

Em El Salvador, o arcebispo Oscar Arnulfo Romero comprovou que a justiça, como a serpente, só morde aos descalços. Ele morreu baleado, por denunciar que no seu país os descalços nasciam condenados de atenção pelo delito de nascimento.

O resultado das recentes eleições em El Salvador não é de alguma forma uma homenagem. Uma homenagem ao arcebispo Romero e aos milhares que como ele morreram lutando por uma justiça justa no reino da injustiça?
Às vezes acabam mal as historias da História, mas ela, a História, não acaba. Quando diz adeus, está dizendo até logo.

Tradução: Emir Sader

Estatuto da Juventude-Aprovação Já!



As conquistas da juventude hoje são realidade. Após mais de 6 anos de discussão na Câmara dos Deputados, o Estatuto da Juventude foi aprovado, resultado de amplo debate com a sociedade, com a juventude brasileira.

2010 foi um ano de vitória, com a aprovação da Emenda 65 (PEC da Juventude) e 2011 segue da mesma forma. Essas vitórias só são comparadas a conquista do Voto aos 16 na Constituição de 1988.

E agora nossa força nos debates que produziram um rico documento deverá ser canalizada para mostrar aos senadores a importância da rápida aprovação do Estatuto da Juventude no Senado Federal. Nesse intuito foi criada nas redes sociais uma campanha pela aprovação imediata no Senado. ( http://www.facebook.com/pages/Campanha-pela-aprova%C3%A7%C3%A3o-do-Estatuto-da-Juventude/273959159310872)

A JSB está empenhada na discussão com os senadores através de nosso companheiro, o Dep. Federal Domingos Neto que também preside a Frente Parlamentar de Juventude.

Domingos foi fundamental nas conversar e articulação para que o Estatuto fosse colocado na pauta de votação da Câmara dos Deputados, além das articulações para que os mais amplos segmentos pudessem ser contemplados no texto final do Estatuto. ”Vivi a real democracia nesse processo, reunindo os deputados, contemplando interesses tão divergentes”, comemorou.

Agora ele, junto com nossos companheiros membros do Conselho Nacional de Juventude estão empenhados nas visitas e articulações com os senadores para que o Estatuto entre em pauta o mais breve possível.

sábado, 5 de novembro de 2011

Juventude Parintinense Fazendo História!


Ontem, 04 de Novembro de 2011, um dia Histórico para toda a juventude Parintinense, realizou-se na Câmara Municipal de Parintins audiência pública com propósito de encaminhar ao legislativo municipal as diretrizes propostas na Conferência Municipal de Juventude.
Além de apresentar as diretrizes, um grupo formado pela JSB, Movimento LGBT, Pelotão Mirim, Igrejas Católica, Adventista, Batista e JPT, lançaram o “Fórum Municipal de Juventude.






O fórum livre de Juventude de Parintins é um espaço autônomo, político e apartidário que visa amplificar os debates acerca das políticas públicas de juventude no âmbito Municipal, buscando assim reunir subsídios para que seja feita uma ampla defesa, e que se assegure de fatos os direitos do segmento juvenil em nosso município.


O fórum surge da necessidade de se estender os debates para além da conferência de Juventude, para que se ampliem as discussões para os bairros , comunidades, associações de moradores, igrejas, enfim todo e qualquer segmento ou parcela da sociedade onde encontrem-se jovens
Uma das metas é obter um diagnóstico o mais próximo possível da realidade do jovem Parintinense, o que é essencial para a construção do Plano Municipal de Juventude que é mecanismo integrante do Sistema Municipal de Juventude.


Apartir dos debates e estudos sobre o perfil e a realidade do jovem do Município é que poderá desenvolver-se de forma eficaz, meios para que se assegurem os direitos da juventude no Município, através de, por exemplo, de emendas á lei Orgânica que assegurem em seus parágrafos direitos da juventude previstos na PEC da Juventude ou Emenda 65 que assegura de forma clara e específica, direitos á juventude Brasileira.








O Presidente da Câmara Vereador Juscelino Melo Manso (PSB) , assegurou espaço para que a juventude presente possa acompanhar a comissão de orçamento da câmara , para que os jovens participem da formatação da LDO, a Lei orçamentária do Município propondo dentro das possibilidades reais do Município investimentos específicos para Juventude.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Vereador cassado continua no cargo em Parintins

No Estado do Amazonas acontecem coisas que já não causam o menor espanto... Vejam por exemplo o que vem ocorrendo no município de Parintins, onde o Vereador RAIMUNDO TEIXEIRA CARDOSO FILHO-(PRP), mais conhecido com “Ray Cabeça”, permanece exercendo o cargo, sob liminar, há quase três anos, apesar de existirem, na Justiça Eleitoral, algumas situações de ilegalidade envolvendo o nome do edil e já houve inclusive a decretação de sua cassação.
Identificamos que o Juízo da 4ª Zona Eleitoral (Parintins), na pessoa da MM. Juíza Melissa Sanches Silva da Rosa, iniciou Processo, sob o n. 396423, tratando de AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO – VEREADOR – CASSAÇÃO DE DIPLOMA, protocolado no TRE/AM em 05/10/2010, o qual foi “juntado ao processo judiciário RECEL n. 7482008 (9984715-93.2008.6.04.0000 - Carta de Ordem n. 36/2010, fls. 128/133.)”.
O primeiro pedido administrativo de PERDA DE MANDATO ELETIVO, protocolado em 18/12/2007 pelo Ministério Público Eleitoral, cujo transcurso passou pela distribuição automática ao Dr. ELCI SIMÕES DE OLIVEIRA, emissão de diversos expedientes e documentos, inclusão em Pauta de Julgamento do dia 20/05/2008 ou nas subsequentes, e resultou no “Acórdão n. 176/2008, pela extinção do processo sem resolução do mérito, publicado em Sessão no dia 20/05/2008.
De acordo com deliberação plenária ocorrida no dia 06/03/2008.”, com trânsito em julgado (ou seja, sem possibilidade de recurso) verificado em 02/06/2008, sendo arquivado na SEJUR em 27/06/2008 e desarquivado em 20/08/2008, para posterior arquivamento na Seção de Biblioteca – SEBIB, do TRE (Arquivo Central) em 01/06/2010.
Com a palavra, o TRE/AM, o Relator, o MPE, ou quem queira poder explicar como é longo e tortuoso o caminho percorrido por um processo na Justiça Eleitoral, cuja sentença na maioria das vezes só ocorre depois de irregularmente cumprido o mandato da parte demandada, precisando tais atos serem repensados.

http://www.tse.jus.bra/sadJudpPush/ExibirPartesPrecessoJud - Confira !
* JERSON ARANHA - Jornalista Reg. Prof. SJPAM-DRT- No.028 - (9156.0879 - Vivo) - (8833.9507-Oi) - (8128.0076-Tim)
ojornaldailha.com

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Por uma Lei da Floresta Amazônica!

Publico aqui o discurso proferido pelo deputado Marcelo Ramos (PSB) hoje, na Assembleia Legislativa do Amazonas:







________________________

Amanhã a presidente Dilma estará em Manaus para anunciar o “Bolsa Verde”.

Quero aproveitar a presença da Presidente Dilma em Manaus para iniciar um debate que julgo fundamental e estratégico para os destinos do Amazonas e dos Estados da Região. A necessidade de criação de uma lei específica para o bioma Floresta Amazônica.

Uma LEI DA FLORESTA AMAZÔNICA, nos moldes da Lei da Mata Atlântica sancionada pelo presidente Lula. Se, na questão ambiental, Lula foi o presidente da Lei da Mata Atlântica, Dilma precisa ser a presidente da Lei da Floresta Amazônica.

O legislador constitucional deu proteção especial a 5 biomas brasileiros, ao dispor no Parágrafo 4º. do artigo 225 da Constituição Federal:

“A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.” Assim, os biomas protegidos pelo Parágrafo 4º. do artigo 225 da Constituição Federal são: a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira.

O Supremo Tribunal Federal já enfrentou a constitucionalização da Floresta Amazônica como patrimônio nacional, no seguinte julgado.

“A Constituição deu tratamento especial à Floresta Amazônica, ao integrá-la no patrimônio nacional aduzindo que sua utilização se fará, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.” (STF – 1o. T – Rextr. n. 134.297-8/SP – Rel. Min. Celso de Mello, Diário da Justiça, Seção I, 22 set. 1995, p. 30.957).

Acontece que, a despeito de a Constituição estabelecer a necessidade de leis específicas normatizando a utilização de cada um dos biomas protegidos, passados 23 anos da sua promulgação, apenas o bioma Mata Atlântica tem sua lei específica.

Lei n. 11.428, de 22 de dezembro de 2006 – Dispõe sobre utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.

BIOMA MATA ATLÂNTICA Art. 6o A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica têm por objetivo geral o desenvolvimento sustentável e, por objetivos específicos, a salvaguarda da biodiversidade, da saúde humana, dos valores paisagísticos, estéticos e turísticos, do regime hídrico e da estabilidade social.

Parágrafo único. Na proteção e na utilização do Bioma Mata Atlântica, serão observados os princípios da função socioambiental da propriedade, da eqüidade intergeracional, da prevenção, da precaução, do usuário-pagador, da transparência das informações e atos, da gestão democrática, da celeridade procedimental, da gratuidade dos serviços administrativos prestados ao pequeno produtor rural e às populações tradicionais e do respeito ao direito de propriedade.

Art. 7o A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica far-se-ão dentro de condições que assegurem: I – a manutenção e a recuperação da biodiversidade, vegetação, fauna e regime hídrico do Bioma Mata Atlântica para as presentes e futuras gerações; (Se justificada é a proteção legal específica para a Mata Atlântica, tanto ou mais o é para a Floresta Amazônica. Ou não, Presidente?)

II – o estímulo à pesquisa, à difusão de tecnologias de manejo sustentável da vegetação e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de recuperação e manutenção dos ecossistemas; (Se for sério o discurso da Presidente – eu imagino que seja – ela precisa anunciar mais investimentos e a recomposição de pessoal do INPA para que possamos aprofundar a pesquisa sobre o bioma Floresta Amazônica, pois só conhecendo seremos capazes de preservar.

Mais recursos e recomposição de pessoal para a EMBRAPA pois só assim teremos tecnologia na produção de alimentos, aumentando a produtividade e criando novos métodos de produzir sem devastar).

III – o fomento de atividades públicas e privadas compatíveis com a manutenção do equilíbrio ecológico; (Se for verdadeira a preocupação ambiental da Presidente ela precisa anunciar medidas para destravar o Terra Legal que tem resultados ridículos no Amazonas, pois sem regularização fundiária não há fomento e nem assistência técnica e sem fomento e assistência técnica não há possibilidade de migração de atividades predatórias para atividades sustentáveis).

IV – o disciplinamento da ocupação rural e urbana, de forma a harmonizar o crescimento econômico com a manutenção do equilíbrio ecológico. A falta de um recorte legislativo que considere as especificidades de cada bioma – claro que respeitadas as regras gerais definidas por um Código Florestal garantidor da preservação e da utilização sustentável do que é comum a todos os biomas – cria aberrações legislativas de que são vítimas as populações tradicionais da floresta.

Vejamos o exemplo da ocupação das margens dos grandes rios e da agricultura familiar de várzea, usando uma imagem como ilustração do debate. Essa foto foi tirada entre os municípios de Maués e Boa Vista do Ramos mas poderia ter sido tirada em qualquer outro município do Amazonas.

O texto final do relatório do Código Ambiental, para proteger as margens e várzeas de biomas hoje em risco por atividades predatórias, obrigará esse ribeirinho a recuar sua casa 500 metros pra dentro da floresta e proibirá sua pequena plantação na várzea. Esse relato nos traz de volta a reflexão sobre o Bolsa Floresta ou o Bolsa Verde que será lançado amanhã. Será que este ribeirinho ou as populações tradicionais, que mantém até hoje 98% da floresta em pé, são responsáveis pelo desmatamento na Amazônia?

E, por outro lado, será que quem desmata em escala impactante troca sua atividade econômica por R$ 50 ou R$ 100 por mês? Penso que não e por isso tenho minhas dúvidas sobre a eficiência desse tipo de política, apesar de reconhecer que elas cumprem um importante papel no campo da propaganda político-ambiental e agradam uma boa parcela dos ambientalista. Retorno ao debate da Lei da Floresta Amazônica pra dizer:

Os povos da floresta precisam menos das migalhas que caem da mesa do banquete do Governo Federal e mais de um arcabouço jurídico que criem as condições para a utilização sustentável da Floresta, de regularização fundiária, de fomento, de assistência técnica. Só assim teremos um marcos legal e as condições materiais para a consolidação de uma matriz econômica de utilização sustentável da floresta. Presidente, anuncie seu compromisso com a criação da Lei da Floresta Amazônica e tome providências junto ao Ministério do Meio Ambiente para que esse debate seja iniciado. O resto, não é política, é propaganda!



Na maior competição do Interior do Amazonas vamos todos unidos numa só torcida, o amor e a paixão de milhares de torcedores, a raça e determinação de nossos atletas. O CNSC promete fazer desta edição dos jogos inesquecível, uma das mais vitoriosas de nossa história, pois, “Um coração vai ser pouco, Vamos com mais de 2.000”.
A Emoção vai ser intensa e a nossa garra vai sempre prevalecer – Faltam 05 dias para os Jogos Escolares de Parintins de 2011. CNSC “A VERDADEIRA GARRA, A VELHA EMOÇÃO DE VENCER”.

O Desenvolvimento em pauta: 2ª Conferência de Juventude (texto integral)

O dia 12 de agosto, no âmbito do Sistema ONU, é considerado como o Dia Mundial da Juventude; neste ano, a efeméride marcou também o início do 2º Ano Internacional da Juventude, já que a ONU decidiu reeditar o tema que moveu seu calendário no ano de 1985. A temática ganha, portanto, maior relevância e um novo impulso. Também no dia 12 de agosto, o presidente Lula convocou a 2ª Conferência Nacional da Juventude, que deverá acontecer em setembro de 2011. Pode-se dizer que a convocação da 2ª Conferência é a primeira contribuição brasileira ao calendário do Ano Internacional da Juventude – que, evidentemente, não se encerra em 31 de dezembro de 2010. E também é um fato que o anúncio foi recebido com entusiasmo, por sinalizar três compromissos, ao menos. O primeiro, a afirmação da Conferência como o espaço privilegiado da interação entre os jovens e o poder público, não somente o Governo Federal, e lugar por excelência da participação dos cidadãos na elaboração dos diagnósticos e na formulação das diretrizes que orientarão as políticas de governo; o segundo compromisso expresso é o da continuidade do investimento político e orçamentário no tema e indica o fortalecimento institucional dessa política; o terceiro compromisso aponta para uma ampliação da importância do tema na agenda governamental já que, por menos que isso, não haveria sentido em convocar os jovens a mobilizarem-se novamente rumo à sua Conferência Nacional. Estaremos no começo de um novo governo, momento mais que oportuno para que esses jovens mobilizados apresentem suas pautas.
Por essas razões, o foco da 2ª Conferência não deve ser somente o da promoção da participação juvenil, mas um processo de construção de uma plataforma capaz de trazer resultados imediatos para vida de milhões de jovens. A primeira edição, em 2008, foi de alguma forma acessada por cerca de 400 mil pessoas, número altamente significativo para qualquer processo de diálogo. Este sucesso deveu-se em grande parte a inovações metodológicas que foram posteriormente assimiladas por outras conferências nacionais. Com elementos metodológicos novos, como as “conferências livres”, a 1ª Conferência Nacional de Juventude chegou a todas as regiões do país, às favelas, às áreas rurais, aos presídios, aos quartéis, às comunidades tradicionais, e nenhuma temática relacionada aos direitos dos jovens passou sem ser discutida. O método foi capaz de garantir o debate, democrático e plural, e, de maneira transparente, facilitou as deliberações de grupos numericamente grandes. Um feito. Toda essa metodologia pode ser mantida e ampliada, melhorada no sentido de ampliar a participação real como, por exemplo, garantir que as conferências livres possam indicar seus delegados à Conferência Nacional.
O tema mobilizador da 1ª Conferência foi “Levante Sua Bandeira!”; significou um convite aos jovens para que apresentassem suas demandas e expusessem suas bandeiras de luta numa arena política construída para a busca do consenso e da afirmação das identidades (e é sempre bom demonstrar que não há contradição entre essas premissas). Assim, foram definidas 22 prioridades; dessas, no entanto, apenas uma pode ser quantificada e incluída no rol das integralmente alcançadas: a aprovação da PEC da Juventude. Na 2ª edição da Conferência seria bem-vinda uma mudança na pauta, buscando conquistas mais estratégicas e robustas, muito além do levantamento das demandas. Não se sugere, com isso, outro (e maior) equívoco, que seria supor a Conferência como um espaço de negociação de metas governamentais como, por exemplo, as que constam da proposta de Plano Nacional de Juventude; tem-se que a negociação de metas num ambiente de alta mobilização de setores organizados, em geral, produz ambiente pouco favorável a acordos racionais, favorecendo a aposta em pautas consideradas “máximas” por este ou aquele setor. Logo, deliberações originadas num ambiente assim tornam-se inócuas, esvaziadas de conteúdo real e sem resultados práticos possíveis.

O que sugerimos, então? Pensar o país que desejamos vir a ser sob a perspectiva – utópica, inclusive – dos jovens de hoje. Quais medidas as novas gerações defendem para estabelecer um novo patamar de desenvolvimento para o Brasil? Pode parecer abstrato, mas os jovens têm interesse direto em discutir os rumos do desenvolvimento e o que herdarão desse processo no futuro. Assim, o que está em pauta não é mais a continuidade do que se conquistou até aqui, e sim que mudanças qualitativas serão implementadas no modo de vida das novas gerações. Uma parte dessa discussão passa pela definição de novos direitos, ou seja, os que, por sua natureza, sejam exclusivos da fase da vida a que chamamos juventude. Certamente, alguns direitos “singulares” serão apontados, como o direito à autonomia pessoal, à experimentação, à redução da jornada de trabalho durante o tempo de estudo, à mobilidade urbana, ao financiamento público de atividades de fruição do tempo livre, dentre outros. Implicarão, ao mesmo tempo, num desenho institucional mais perene das políticas de juventude. Ou seja, passam pela criação de um Sistema Nacional de Juventude, dotado de mecanismos estáveis de financiamento e que responsabilize os entes federativos pelo desempenho e resultado das políticas, estabelecendo formas de gestão coordenada entre União, estados e municípios. Essa formulação inédita sobre os direitos dos jovens contribuirá para a ampliação do alcance dos direitos fundamentais do cidadão e para o avanço da democracia.
Contudo, o temário e a pauta da 2ª Conferência devem ultrapassar em muito o que se convencionou chamar de “política específica”; deve discutir questões estratégicas para o desenvolvimento do Brasil e essa discussão passa pela definição de reformas profundas nas estruturas do Estado e das principais instituições sociais. Nesse debate as novas gerações devem apresentar sua opinião sobre o que é necessário mudar na forma na como a sociedade brasileira se organiza e quais novas institucionalidades podem ser criadas para sustentar essas mudanças. Por tudo isso, cremos que a 2ª Conferência Nacional de Juventude tem um papel central na próxima conjuntura: o de estabelecer os marcos das contribuições dessa nova geração para aprofundar a democracia e a justiça no Brasil, desta forma criando laços de solidariedade intergeracional numa perspectiva sólida de avanços democráticos.
Carlos Odas, Edson Pistori, Paulo Passos e José Ricardo Bianco Fonseca fizeram parte da coordenação e organização da 1ª Conferência nacional de Juventude - FONTE: http://carlosodas.wordpress.com/

Revista Juventude.br realiza chamada para publicação de artigos



Os artigos devem tratar sobre “ O Pronatec, seus limites e possibilidades”. Aqueles que abordem temas ligados à juventude, suas práticas, sua sociabilidade, cultura, participação política, formas de ação coletiva e memória também serão aceitos. Os interessados devem enviar os textos até o dia 20 de outubro para o e-mail: revistajuventude.br@cemj.org.br. Os artigos devem ter no máximo 20 laudas digitadas com fonte Time News Roman 12 e espaço 1,5.

A revista “Juventude.br” é uma publicação do Centro de Estudos e Memória da Juventude voltada para o debate e a divulgação de pesquisas sobre a juventude. Pretende ser um elo entre a produção acadêmica e os movimentos juvenis, aprofundando a reflexão sobre a condição juvenil no Brasil e favorecendo as possibilidades de sua transformação.

A revista é distribuída gratuitamente para lideranças e organizações juvenis cadastradas pelo CEMJ e pode também ser acessada através da internet: http://www.cemj.org.br/nossosProjetos_RevistaJuventude_br.asp

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

o Voto aos 16 anos!


Uma conquista da juventude brasileira o voto facultado aos jovens entre 16 e 17 anos é, ainda hoje, objeto de debates e polêmicas no conjunto da população. Apesar do aumento significativo do número de alistados dentro desta faixa etária[2] são muitos os que se manifestam contra essa conquista e afirmam: “Ah, já que não pode ser preso porque o menor de 18 pode votar?”, “Ora, se não pode ser responsabilizado por seus atos, porque o jovem pode escolher os governantes do país?”.
Tais expressões, fruto de uma visão ainda preconceituosa e estigmatizada da juventude, nega o jovem como sujeito social com possibilidade de intervenção crítica e responsabilidade social e nega a juventude como tempo de participação social e de emancipação pessoal e coletiva. Em outras palavras, as posições contrárias ao voto aos 16 anos desconhecem a possibilidade de jovens que percebem a importância da política, acreditam na democracia e apostam que é possível mudar o mundo.[3] [...]

Deste modo, destacamos aqui três aspectos, dentre vários outros possíveis, para a defesa e mobilização em torno do voto aos 16 anos defendendo-o enquanto estratégia importante para a elevação do nível de tematização social da juventude e para o fomento a inclusão das demandas juvenis no debate eleitoral.

Um primeiro aspecto diz respeito a ruptura com o paradigma na apatia juvenil e consiste em, por meio de uma participação ativa dos jovens dentre 16 e 17 anos no processo eleitoral, demonstrar que não é verdadeira a tese de que toda a juventude, ou melhor, todas as juventudes são desmobilizadas e apáticas politicamente.

Uma segunda dimensão refere-se ao incentivo à organização juvenil. Com a provocação à participação eleitoral dos jovens é possível incentivar a criação de grupos em interesse relacionados a essa questão como, por exemplo, a ação das redes, juventudes partidárias e entidades de apoio que se mobilizam pela defesa do voto adolescente como importante meio de interferência na discussão política do país.

Tais modalidades de mobilização social podem desempenhar um papel importante no que tange a associação política de jovens, sobretudo se tais campanhas relacionam-se com a promoção do voto crítico, do acompanhamento parlamentar, do engajamento social e do controle dos candidatos após o processo eleitoral monitorando e fiscalizando suas ações.

Por fim, o voto aos 16 anos pode significar ainda a inclusão do olhar dos jovens sobre as políticas que lhe dizem respeito e, portanto, a qualificação do debate sobre as políticas públicas de juventude dentro do processo eleitoral, suplantando o velho modelo da tematização dos jovens como objeto das políticas para a concepção do jovem como sujeito capaz de mediar, negociar, se contrapor e influir na constituição do debate sobre juventude a ser travado dentro da perspectiva eleitoral.

Assim, está colocado para os(as) ativistas pelo direitos da juventude um bom debate no que se refere ao voto aos 16 anos no sentido de que além de fomentar o alistamento eleitoral, com o objeto de assegurar a garantia desse direito juvenil, é importante ainda debater o voto dos jovens–adolescentes como possibilidade de mudança e de transição geracional, desencadeando processos de mobilização política, controle social e conscientização cidadã, certos(as) de que a eleição não será capaz de, sozinha, mudar os rumos do país e da sua juventude, mas, cientes de que, sem dúvida, ela representa um privilegiado momento para o debate por mais direitos e mais participação.

Miss: rainha de quê?


Sinto-me especialmente feliz por conseguir me indignar frente a coisas simples e relativamente bem aceitas pela sociedade. Um exemplo são os tradicionais concursos de miss.

Quantas mulheres, ao longo da história, dedicaram suas vidas a combater o machismo, a conquistar o espaço que temos hoje. Mulheres que viveram e enxergaram além do seu tempo e, por isso, foram estigmatizadas, hostilizadas e sofreram todas as "sanções sociais" possíveis.

Hoje, procuramos nos qualificar profissional e intelectualmente. Aprendemos idiomas estrangeiros para alcançar novas culturas e novas oportunidades - não, apenas, por ser obrigação de uma moça fina. Batalhamos, todos os dias, no mercado de trabalho, para receber, no mínimo, o mesmo salário que os homens, ao executar o mesmo trabalho. Brigamos em casa para que nossos companheiros dividam as tarefas domésticas e, consequentemente, compatilhem conosco o "terceiro expediente". No trabalho, elogios e assédio ainda se confundem e as dúvidas sempre pairam sobre quem não se submete. Afinal, é mais fácil encontrar uma subalterna vadia, do que um chefe tarado.

Nosso corpo é só nosso e, por isso, temos que brigar, ainda, com a Igreja e com o Estado, para que compreendam isso e nos permitam cuidar dele como nos convenha. Por falar em corpo, temos mesmo que cuidar dele muito bem, porque há grandes chances de sermos discriminadas, caso estejamos muito distante dos padrões de beleza. Quantas são admiradas por serem chefes de família, por criarem seus filhos e serem mães e pais ao mesmo tempo? Tenho a certeza, também, de que hoje as mães sonham que suas filhas ocupem, em igual quantidade e qualidade, cargos de chefia, diretorias, presidências. Poucas décadas atrás, o principal anseio das mães para felicidade de suas filhas era mais difícil de alcançar: que fizessem um bom casamento (seja lá o que isso significasse), tivessem muitos filhos e fossem felizes para sempre.

Em meio a todo esse contexto, vemos concursos de beleza de todo tipo. Miss disso ou daquilo, musa, garota, rainha, princesa. Desfilam, dançam, respondem abobrinhas, coisas ridículas e medíocres ou, no mínimo, memorizadas e falsamente vomitadas ao microfone. São ridicularizadas, servem de chacota, seja por serem bonitas e terem falado absurdos, seja por não cumprirem com os padrões - locais ou "universais" - de beleza imposto nos concursos. No final, a vencedora ganha uma faixa, um cetro e uma coroa. Acena doce e passivamente à multidão, chora de emoção, agradece, vai embora. Em resumo, representa tudo o que sempre nos tentaram impor e que esbravejamos para não permitir. Aceitam pacificamente discriminação social e racismo evidentes em TODOS esses concursos, e assumem, tacitamente, que a beleza é o que uma mulher pode oferecer de melhor. Afinal, o que mais elas oferecem nesse concurso? Habilidades? Conhecimentos? Cultura?

Esse ano, o Miss Universo acontecerá no Brasil. Para quê? Não precisamos de uma rainha, temos uma presidenta eleita pelo voto direto. Já colocamos a faixa no peito de uma mulher que não é bonita, não é jovem, nem loira, alta e magra. Tem o corpo castigado por lutar pela democracia e pelo povo do seu país. Por não ser doce, dócil, passiva, submissa, tem fama de ser dura, fria, grossa. E, no Brasil governado por esta mulher, tantas outras morrem assassinadas por seus companheiros; morrem de parto ou de complicações por aborto inseguro; são violentadas e exploradas sexualmente; trabalham no campo e na cidade, em casas de família, na informalidade e não têm seus direitos trabalhistas respeitados. Para que uma rainha da beleza, se temos mais de 22 milhões de mulheres chefes de família. Em nossa História, recente e remota, temos tantas mulheres que nos orgulham e nos fazem acreditar que vale à pena lutar por um mundo melhor. Não, definitivamente não precisamos de títulos como esses.

Por tudo isso e em respeito às mulheres do Mundo, eu não assisto ao concurso de Miss. E você?


*Marília Arraes, vereadora do Recife pelo PSB

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ser ou não ser candidato a candidato a vereador?

Oito pontos, infinitas possibilidades

Depois que admiti publicamente a possibilidade de ser “candidato a candidato” a vereador nas eleições municipais , passei a interpelar pessoas, sejam elas familiares, amigos ou conhecidos. Essas conversas – que vão se intensificar cada vez mais – ocorrem em suas casas, no trabalho e, algumas vezes, em locais públicos, como clubes, ruas e lojas.
Em todas as ocasiões, tenho procurado contextualizar meu propósito, até porque essas pessoas já conhecem a minha história e não preciso dizer meu nome, quem são meus pais, irmãos e filhos, qual minha profissão. Tenho ouvido, geralmente, palavras de alento, de força e de apoio. Mas, em contrapartida, também tenho ouvido muitas ponderações – e não são poucas – que me fazem refletir.
Abaixo, as ponderações que avalio mais importantes e que, provavelmente, sejam conhecidas por você: “Política é lugar de ladrão, de gente mentirosa”; “Tu vais te transformar em mais um, vais te corromper também”; “Tu podes adoecer, enfartar”; “Te cuida com os que dizem ´sim´, eles vão te trair”; “Se tu não pagares, ninguém vai votar”; “Então, por que ser candidato a candidato?”; “O que vais ser depois?”; “Será que é possível?”
Enfim, será que vale a pena ser candidato e até mesmo vereador numa seara com a atual prática eleitoral?
A seguir, comento cada uma das ponderações e gostaria que você também fizesse isso, deixando sua posição em “Comentários” neste site.
1. “Política é lugar de ladrão, de gente mentirosa”.
A argumentação de que “política é lugar de ladrão, de gente mentirosa” é a campeã de todas. O bom percentual de pessoas que tentam me alertar quanto a isso me chama a atenção não pelo fato das colocações, mas porque são pessoas esclarecidas, com excelente grau de instrução e até com experiência na política em geral, incluindo, aqui, a partidária.
“Política é lugar de gente mentirosa”.

Claro que a política partidária não é um convento de clausura, mas generalizar é ser tendencioso, ou seja, dizer que a política é lugar de gente mentirosa é ser imparcial. Afinal de contas, o que dizer de alguns noticiários, de algumas competições (Fórmula 1, futebol, vôlei, etc.) . Se há mentira é porque há quem, no fundo, as aceite passivamente; vou mais longe: até queira ser enrolado.
Você votaria num candidato a vereador que assumisse o compromisso de fiscalizar atentamente as ações do Executivo (prefeito), legislar sem aumentar despesas? Ou seja, você votaria num candidato realmente sincero? Porque é só a isso que o Legislativo se presta, legislar e fiscalizar. Não a asfaltar ruas, abrir postos de saúde, fazer praças públicas, limpar a cidade, enfim, o agente público aqui não é o vereador, é o prefeito.
Ouso dizer até que boa parte dos vereadores que entram no Legislativo nem sequer tem essa clareza. Para estes, existe uma mistura de papéis e leva meses para cair a ficha. Há aqueles, inclusive, que, para manter a “promessa” equivocada da campanha e não se indispor com os eleitores, acabam se entregando ao Executivo numa troca que compromete todo o processo.
A impressão que me dá é que algumas pessoas querem ter a promessa de que um candidato lhes ofereça uma “casinha no céu tendo como vizinho Jesus Cristo”, mas, diante da promessa não cumprida, vem a já tradicional frase: “Viu, político é tudo igual, promete e não cumpre”. Político é tudo igual ou esse tipo de eleitor é tudo igual?
“Política é lugar de ladrão”.
Penso que lugar de ladrão não é na política, é no presídio, nas penitenciárias, onde deveria ficar quem comete algum delito contra a sociedade. Ora, se o vereador roubar, não vamos ter a ingênua ideia de acabar com a Câmara de Vereadores; se o prefeito roubar, não vamos fechar a prefeitura: prendem-se vereador e prefeito e segue-se o ritmo normal da democracia.
Mas diante desse quadro, sei que nenhuma pessoa chega ao mandato sem o instrumento fundamental dos pleitos, ou seja, o que dá fundamento às eleições: o voto. Todos os parlamentares, sejam eles do Legislativo (vereador, deputado estadual, deputado federal, senador) ou do Executivo (prefeito e vice, governador e vice, presidente e vice), necessitam dos votos para se eleger, e aqui entra o cidadão plena, livre e conscientemente para votar.
Se política é lugar de ladrão e se o candidato não se autointitula parlamentar, é lógico que este necessita passar por uma eleição. Portanto, isso só ocorre porque há os que votam nesse ladrão, não?
2. “Tu vais te transformar em mais um, vais te corromper também”.
Umas das argumentações mais fortes que ouvi nesses quase 30 dias de conversa é que eu vou me transformar em mais um. Entendi que “mais um” seria um ladrão, um mentiroso. Aqui percebo uma grande descrença das pessoas no processo político-eleitoral e percebo que temem pela imagem das pessoas que lhes são caras.
O eleitor, no fundo, conhece os candidatos sérios, éticos, bem-intencionados, e já viu que muitos se perderam ao longo do caminho. Isso é verdade. Mas há os que conseguiram passar pela prova da honradez, da verdade, da seriedade e são, inclusive, mais pobres economicamente do que quando entraram na política partidária. É imperativo que se coloque isso neste debate.
Lembro-me do sociólogo Florestan Fernandes que disse certa vez: “a verdadeira política é bela”, mas que o inverso dela, a politicagem – que é a sacanagem da política – é uma “merda”. “O que devemos fazer diante dessa merda?”, perguntava ele, e logo dava a solução: “Temos que entrar nela, tirá-la com a mão”. Contudo, ensinava, temos uma coisa que não se pode fazer, que é “comer merda”. Se não, explicava, a gente se transforma numa merda.
O que garante que uma pessoa não vai se corromper, pois é comum dizer que o poder corrompe? Nada! Para mim, o que existe como referência é a vida pregressa da pessoa, ou seja, o passado. Diga-me quem fostes e quem és, e eu terei uma ideia do que serás.
Pesquise sobre seu candidato e seu partido, saiba o que fez, o que pensa, que valores alicerçam suas ações em seu cotidiano. Observe quem são seus apoiadores e, depois de eleito, acompanhe suas votações e participe das reuniões a que ele chamar. Não fique pacientemente aceitando o mandato representativo, movimente-se para o mandato participativo.
3. “Tu podes adoecer, enfartar”.
Como tenho conversado com familiares, amigos e até conhecidos mais chegados, todos têm liberdade de falar o que querem, e eu a mesma coisa. Fiquei surpreso com alguns que disseram que temiam pela minha saúde. Senti o carinho desses por mim, por minha vida, por minha perfeita saúde, por minha segurança. Que bonito!
Assim como todo rio deságua no mar, a gente só adoece quando represa, ou seja, existe um fluxo natural de verdade nas relações humanas que deságua na vida, na saúde. Contudo, se houver uma represa, metaforicamente manifestada por mentiras, negociatas, venda de voto em favor de grupos fechados e até do Poder Executivo, ali estará a origem da doença.
Uma pessoa em harmonia consigo mesma, com o outro, com a natureza não adoece. O que faz adoecer são as ações sombrias, por isso, essa colocação de que posso adoecer não me amedronta, pois a verdade é o caminho mais próximo entre as pessoas e ela realmente liberta e traz vida e saúde.
4. “Te cuida com os que dizem ‘sim’, eles vão te trair”.
Engraçado que, durante as conversas que tive com alguns ex-candidatos, candidatos e pessoas sem muita experiência em campanhas, invariavelmente, eles afirmam que tenho que ter cuidado com as pessoas que dizem sim. “Eles vão te enganar, te trair”, avisam.
Sabe, penso que, como escrevi acima, o caminho mais próximo entre as pessoas é a verdade. Eu acredito nas pessoas. Acredito no que elas dizem. Até porque, para mim, elas não me traem, elas se traem. Como uma pessoa vai exigir seriedade dos candidatos, se nem ela, como eleitora, age assim? Mais do que me enganar, me trair, ela se engana, se trai.
Os profetas do apocalipse estão aí para generalizar e dizer que estamos em terra arrasada, que não dá para confiar em candidato, que não dá para confiar em eleitor. Onde vamos parar, se isso realmente for verdade? Ainda bem que não é. Porque, se realmente o nosso planeta fosse esse caos que alguns apregoam, não poderíamos sequer sair de casa.
Mais do que pronto para receber um sim, acredito que estou preparado para receber um não, afinal de contas, “sim” e “não” fazem parte da realidade dual que nos eleva a sermos, hoje, melhores que ontem e, amanhã, melhores que hoje.
5. “Se tu não pagares, ninguém vai votar”.
Essa de “se tu não pagares, ninguém vai votar em ti” é sempre lembrada. De acordo com as pessoas que tentam me aconselhar, os eleitores têm preço, e leva o voto quem pagar mais. Você acerta com um aqui e, se dias depois, outro candidato vier com uma oferta maior, já é tida como normal a mudança.
Isso ocorre e é inequívoco. Mas assim como há os que trocam o voto por gasolina, por viagem de ônibus, por jogo de camisa para o time de futebol, por churrasco, pelo material de construção, enfim, por favores, há também aqueles que pagam para votar.
Há os ideológicos, os simpáticos, os crentes na candidatura. São os denominados votos conscientes e é nestes que penso em concentrar o trabalho, no voto maduro, esclarecido, no voto no programa, na ideia, no projeto, na história. Afinal de contas, o voto não tem preço, tem consequências.
Jamais vou comprar um voto. Jamais vou fazer um favor em troca do voto. Jamais vou dar gasolina para que coloquem o adesivo, o button, jamais. Todos os que forem vistos defendendo a nossa candidatura o farão por uma decisão pessoal, livre e consciente. Desse voto vai ser gerado um compromisso de quatro anos, para um mandato, não do paga aqui, vota lá e pronto!
6. “Então, por que ser candidato a candidato?”
Muitos amigos me falam que a minha vida está bem encaminhada e que não necessito ser candidato. Então: “Por que ser candidato a candidato?”, perguntam.
Quero ser candidato a candidato a vereador porque não sou ladrão, não sou mentiroso, acredito e defendo a verdade, tenho caráter e não vou vender minha alma e comprometer minha história para me eleger, acredito no sim das pessoas, não vou negociar financeiramente votos – nem na campanha nem na Câmara –, enfim, quero ser candidato porque sou um cidadão livre em seus direitos políticos, assim como a grande maioria da população brasileira. As pessoas até podem questionar o meu voto do ponto de vista do certo e do errado, mas jamais, jamais vão questionar se ele teve preço.
Quero ser candidato a candidato a vereador, caso meu partido aceite, para levar propostas exequíveis, sem sonhos, sem promessas impossíveis, baseadas nas verdadeiras funções de um vereador;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque acredito que existem muitas formas de se avançar socialmente, e a política partidária é uma delas;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque vejo dignidade no agente público, nobreza na política e honra nos cargos assumidos, desde que sejam desempenhados com base na verdade;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque acredito na ética como forma de mediar as relações humanas;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque não quero passar por esta existência sem uma experiência político-eleitoral;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque sinto que é possível aliar política a espiritualidade, decência, debate e liberdade;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque quero contribuir com debates e ações que levem vida às pessoas, não morte;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque quero sugerir ações libertadoras em todos os sentidos: do ponto de vista social, econômico, educacional, espiritual, ecológico, enfim, que promovam luz, não sombra;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque percebo que existe um número considerável de eleitores que buscam candidatos sérios, confiáveis, com propostas;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque agora me sinto preparado para assumir essa responsabilidade;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque tenho um grupo de familiares, amigos, ex-estudantes, colegas e conhecidos que, se empenhados na corrente do sim, cada um fazendo a sua parte, lograremos êxito;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque, independente do resultado desse processo – se serei candidato ou não, se vamos nos eleger ou não –, já valeu a pena tudo o que passei até esse momento;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque sei que é possível aliar política a trabalho, embora encare o parlamento também como um trabalho, mas não exclusivo;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque acredito que é possível aliar política com família, incluindo as duas, não excluindo uma em detrimento de outra;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque visualizo que minha vida não vai mudar muito, pelo contrário, minhas crenças, sonhos e desejos vão ter na política mais um aliado, um ENCURTAR CAMINHO;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque sou humano e vivo na polis;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque acredito na negociação, não na negociata; acredito na conversa, não no conchavo; acredito no compromisso, não na promessa;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque quero ser “ponte” para o novo, jamais “muro” do velho;
Quero ser candidato a candidato a vereador porque quero colocar meu ego a serviço do “ego universal”.
7. “O que vais ser depois?”
Uma das colocações que achei assaz interessante foi: “Tudo bem. Vais ser vereador e o que vais ser depois? Prefeito, deputado, governador, senador, presidente?”.
Como expus neste texto, estou me colocando como candidato a candidato. Na sequência vem o deferimento da candidatura, previsto para meados de 2012, a campanha e, se lograr êxito, aí é que vem a legislatura. Cada coisa no seu tempo. Um passo por vez.
Mas destaquei este ponto para esclarecer que não estou fechado a nenhuma possibilidade, estou aberto. Mas percebo que o apego ao cargo ou ao carreirismo leva o candidato a se perder de si e do seu propósito. Portanto, jamais pensei em nada além de ser candidato a candidato a vereador.
8. “Será que é possível?”
Para esta pergunta, feita por praticamente todos com quem conversei até agora, “Será que é possível?”, tenho uma resposta: “Sim. É possível.”
Enfim, sendo possível ou não sendo possível, cabe uma pergunta anterior a esta: será que vale a pena ser candidato e até mesmo vereador numa seara com a atual prática eleitoral? Opine em “Deixar um comentário”.

José Sarney é alvo de críticas no Rock in Rio

Uma semana após ter o filho, Fernando Sarney, beneficiado por decisão judicial em processo que apura corrupção, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi alvo de críticas no maior evento musical do ano no Brasil, o Rock in Rio. A banda Capital Inicial dedicou a música “Que País É Esse” especialmente a Sarney durante críticas a “oligarquias que parecem ainda governar o Brasil” e a políticos. “(Oligarquias) que conseguem deixar os grandes jornais brasileiros censurados durante dois anos, como O Estado de S. Paulo, cara. Coisas inacreditáveis”, disse o cantor da banda, Dinho Ouro Preto, ao anunciar a música. “Essa aqui é para o Congresso brasileiro, essa aqui, especial para José Sarney”, nominou o cantor, perante um público estimado em 100 mil pessoas. (Agência Estado)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011



























































!!Juventude Socialista Brasileira Comanda dia de filiação de Partidos da Base do Pré candidato Messias Cursino!
!!




A Juventude e a Política!

Muito tem sido discutido a respeito do voto consciente, qual a forma mais correta e coerente de se escolher seus governantes, e todos nós aptos a votar temos este instrumento que é o voto como o meio desta escolha, porém tendo uma arma de tão grande importância como esta é necessário também que haja um senso de responsabilidade de igual tamanho.
Segundo o escritor Bertold Brecht, ”o pior analfabeto é o analfabeto político, ele não ouve não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, da farinha....do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra e corrupto....

Isto demonstra a responsabilidade que adquirimos no ato de votar, mas de certo muitos de nós nos privamos desta responsabilidade por acreditar que ela não é de nossa alçada ou que não podemos fazer nada a fim de mudar os problemas que afligem nossa sociedade. Este é o grande mal que faz com que esta má ideologia sobre as relações políticas criem uma onda de descrença naquela que em seus primórdios nasceu como arte, a arte de governar a pólis (cidade), que teve bases filosóficas na sua criação a nossa política.
Esta arte de governar a cidade é o que temos hoje por política, mas de fato o que se tem observado é que ao longo da história esta foi desvirtuando-se, e o hoje o que temos é a politicalha, uma instituição corrompida e com uma visão diferente daquela para qual fora criada, servir ao bem comum, servir ao povo.
Grande parte deste desvio tem sua origem justamente nesta questão das más escolhas, causadas por um total desconhecimento do real teor da política e de suas relações sociais, que são ou deveriam ser as bases de seus fundamentos, servir ao povo.A falta de participação por parte do povo e principalmente por parte da juventude, que é quem de fato deveria se aproximar cada vez mais da política, pois o fato de nos abstermos da política é que nos torna meros espectadores á mercê de qualquer escolha alheia ás nossas vontades, é essencial que sejamos cidadãos plenos, dotados de uma consciência critica e política plena, que sejamos capazes de reinvidicar quando necessário, e lutar por nossos direitos.
E por que não começar uma revolução política, uma revolução intelectual por meio da juventude, já que em uma cidade como Parintins, que tem admitido cada vez mais sua vocação acadêmica, estudantil, os grandes formadores de opinião e quem sabe os grandes políticos do amanhã fazem parte desta juventude como falar em renovação política se a juventude se afasta e não participa da política, e deixa tudo na mão de meia dúzia de tubarões que fazem o que bem entendem uma vez que não se cobra mais ação e transparência da forma que deveria ser feita.
Por que não realizar uma aproximação entre a política e a juventude parintinense que tanto tem estado afastada do cenário político desta cidade.Pois é começando desde cedo, das bases que se constrói um pensamento sólido que se constroem ideais de vida e luta por uma sociedade mais justa na medida do possível, a juventude é capaz, é forte é corajosa o jovem vai a luta, mostra a cara e enfrenta os problemas sem correr, é esta força e altivez que é a principal arma que é capaz de transformar a juventude na grande revolucionaria destes tempos em que a descrença é o único sentimento que se tem sobre política, vamos dar um voto á mudança á transparência e á liberdade, e a retomada dos valores éticos e morais.Como dizia a música “os velhos de Brasília não podem ser eternos” o que diremos dos velhos de Parintins.

Vamos criar uma juventude realmente engajada em ideais comuns a todos, uma juventude socialista de verdade.


O autor é Acadêmico do curso de Biologia da Uea e Presidente da Juventude Socialista Brasileira de Parintins

CNSC é destaque no SADEAM e alcança o 1º Lugar no Ensino Médio



Neste Sábado (17 de Setembro) foi divulgado pela SEDUC o Resultado do SADEAM de 2010 que avalia o nível de ensino das escolas públicas no Estado do Amazonas, o resultado foi bastante comemorado pelo Colégio “Nossa Senhora do Carmo”, cujos índices do educandário alcançaram notas excelentes. Dias depois da conquista no ENEM, o Ensino Médio do CNSC que vive um momento bastante vitorioso, obteve a nota de 5.2 na avaliação, alcançando o 1º lugar em Parintins e no Baixo Amazonas, considerado por mais um ano como Escola de Valor.
O Ensino Fundamental também obteve um desempenho fantástico, nota 6.4, índice considerado muito bom, quase o dobro da média estadual. O Educandário vai receber como prêmio pela conquista o valor de R$100.000,00 o maior da história do Interior do Estado, os professores também vão ser premiados com 14º e 15º salários.
Parabéns aos nossos educadores, estudantes e toda a Família Vicentina no Coração da Amazônia. CNSC, o teu passado e o seu presente são um orgulho para Parintins.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Enquanto a “UNE” do Chile mobiliza, nossa UNE agoniza




Não é novidade para ninguém a forte mobilização que está ocorrendo entre os estudantes chilenos por mais acesso à educação superior. Sem fazer juízo de valor quanto à causa chilena, já que há controversias quanto a eficácia quando comparado a outros países da América do Sul, o fato é suficiente para fazermos uma comparação entre o movimento estudantil no Brasil e no Chile.

A principal liderança chilena é uma estudante de Geografia de 23 anos, Camila Vallejo, que também é presidente da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile (FECH). O atual presidente da UNE é um estudante de Ciências Sociais, Daniel Ilieuscu, 26 anos, que está na sua segunda gestão na UNE. Antes foi Diretor de Relações Internacionais da entidade.

Tenho sempre toda boa vontade do mundo com a UNE, acho que por ter feito parte ativamente do movimento estudantil, como Presidente do DA do meu curso e depois do DCE, mas para algumas coisas é simplesmente impossível fechar os olhos.

A verdade é que a União Nacional dos Estudantes virou um escritório mal acabado do PCdoB. Cada vez mais é subjugada aos interesses partidários e perdeu completamente a ligação com os estudantes. Hoje em dia a garnde maioria dos discentes não se sente representada por sua entidade, que na prática elege seu presidente através de reuniões da UJS, que é um braço partidário do PCdoB na juventude.

Obvio que os partidos se farão representar nas entidades, apesar do falido quadro partidário brasileiro, mas os interesses da entidade devem sempre estar acima dos interesses do partido. Basta dizer que não conseguem tirar uma palavra oficial da UNE sobre corrupção, apenas porque o partido acha que isso é bandeira da oposição.



Camila em campanha. A eleição lá é personalizada, favorecendo as lideranças

É fato também que as mobilizações nas universidades hoje ocorrem muito mais de movimentos externos, como foi no Fora Collor e na grande greve dos docente de 1998, do que em bandeiras fabricadas internamente. Mas isso não justifica o sumiço da importância da UNE.

Para termos uma ideia da falência popular da entidade, basta comparar o Twitter da presidente da FECH chilena, Camila Vallejo (@camila_vallejo), com mais de 268 mil seguidores, com o do presidente da UNE, Daniel Illescu (@danieliliescu), com pouco mais de 1,5 mil. Convenhamos que para um suposto formador de opinião nacional é um número ridículo.

Perguntei a algumas pessoas da UFRJ, onde Daniel estuda, e ninguém nem ao menos sabia que o atual Presidente da UNE era de lá. Aliás, não sabiam nem o nome dele.

A pergunta que muitos se fazem é: será que apenas o fato do PCdoB ser praticamente o dono da UNE seria suficiente para sumir com a entidade?

Claro que não. O fato dela hoje estar ligada a interesses paridários e defender o Governo cegamente é fator importante na desmobilização, mas outras variáveis também são importantes.

Raramente os presidentes da UNE são grandes lideranças de massa e falam a linguagem do estudante, como foi o caso de Lindbergh Farias em 1992/1993, à época do Fora Collor. É muito mais uma coincidência do que realmente formação. A maioria nunca teve voto popular em suas universidades, disputando a sério DCE, e por motivos obvios são lideranças mancas e fabricadas.

Não é o caso da chilena Camila Vallejo. Obvio que a estudante chama a atenção de todos por ser bonita e ter uma bandeira de luta simpática, mas percebe-se claramente quando fala que sua liderança foi forjada na disputa política e não nas reuniões cartoriais de partidos. Com presença organizada nas redes sociais e boa articulação na fala, não será surpresa o crescimento político de Camila.

Sei que uma parte do movimento estudantil é contra a personalização, mas não se fabrica lideranças sem pessoas e líderes reais. Nossa característica política incentiva o personalismo, e não conseguimos fugir disso, por mais que não se concorde.

No caso da UNE, seus últimos presidentes só conseguiram aparecer no noticiário para explicar patrocínios estatais e subvenções governamentais. E culpar única e exclusivamente a mídia por isso é completa miopia, pois a UNE não consegue mais massificar bandeira alguma.

Na prática o movimento estudantil se fracionou em vários grupos de interesse, como as empresas juniores ou comissões de assuntos específicos (esportes, Casas do Estudante ou bolsistas) pois é muito mais eficaz. Os diretórios de base (DA) ainda sobrevivem porque estão mais perto do estudante, mas as entidades gerais hoje infelizmente estão acabadas.

Talvez o modelo de eleição da UNE até esteja equivocado, pois a estrutura partidária favorece ainda mais a mobilização de delegados, mas a verdade é que Movimento Estudantil só sobrevive na independência ou oposição.

Ser governista é o primeiro passo para a desmobilização, e isso é fatal para qualquer entidade