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sábado, 18 de dezembro de 2010

FORA!!!

Chega de Corrupção


"Apesar de você, amanhã vai ser outro dia."


Indignação e vontade de mudar. Esses sentimentos levaram alguns jovens tuiteiros (usuários da rede Social Twitter) a se reunir na Praça do Congresso (palco de grandes manifestações como o comício das Diretas, passeatas em defesa do meio passe na década de 80 e em 2008) para se manifestar contra o recente aumento do salários dos parlamentares brasileiros, aprovados por eles mesmo e em regime de urgência. E os parlamentares do Amazonas tinham que ser o primeiro em algo - já que Segurança e educação por exemplo estamos sempre no final das filas - e correram para aprovar o efeito cascata, aumentando seus salários de R$12mil para R$20mil.
Não custa lembrar que a PEC300 que equipara o salário dos policiais militares aos vencimentos dos policiais do DF está parado na Câmara Federal. E que aqui no Amazonas os deputados passaram meses com o Plano de Cargos, Carreira e Salário dos professores engavetado, mas o salário deles foi aumentado em regime de urgência.
Eram poucos os presentes na manifestação, mais eram pessoas conscientes que queriam promover a mudança. Por onde passaram foram aplaudidos pela população que recebiam os panfletos com o Manifesto (leia abaixo).
A JSB-AM esteve presente durante todo o ato e deu a letra da passeata com várias intervenções de Márcia Rebeca e Sérgio Cardoso. A injustiça contra Capi e Janete foi lembrada e mostramos que não somos indiferentes aos absurdos decididos pelos ministros do STF. No chão não foi diferente e organizaram o movimento Vivi, Eliza, Paulo e Débora. Faixas foram empunhadas com os dizeres: "Políticos amazonenses: vergonha", "Chega de Corrupção! Fora: Sarney, Calheiros, Aziz, Braga, Sousa, Lins, C. Branco". Vejam as fotos abaixo.



Carta aberta ao povo amazonense


"Em uma democracia justa, todo poder deveria emanar do povo, pelo povo e para o povo, principalmente através dos representantes escolhidos no processo eleitoral e responsáveis pela elaboração das nossas leis. Infelizmente, a realidade no nosso Estado está longe da que merecemos por direito.
A distorção da democracia se inicia justamente no processo eleitoral, onde a maioria dos candidatos faz uso de dinheiro público ou de origem escusa em busca da eleição. Os salários dos cargos a que se candidatam não justificam a maioria dos gastos de campanha. Depois das eleições, tudo o que é investido pela maioria dos partidos e seus financiadores é retirado em dobro dos cofres públicos através de licitações fraudulentas, obras fantasmas, uso abusivo e indiscriminado dos cartões coorporativos, verbas de gabinete, cargos de confiança...
O dinheiro que deveria ser investido em Educação, Saúde, Saneamento, Segurança, Transporte Pública e Urbanização é gasto em projetos mirabolantes que, quando saem do papel, não trazem benefícios que as justifiquem. Todas as “realizações” dos Governos são apenas formas de desviar grandes quantidades de verbas públicas para a manutenção desse podre sistema que atravanca o crescimento do nosso Estado há décadas.
O que nós exigimos é uma política pública séria, que busque minimizar o estado de abandono em que se encontra nossa capital e, principalmente, os municípios do interior. Nós não precisamos de pontes bilionárias ou arenas monumentais. Precisamos de saneamento básico, ensino e transporte público de qualidade aceitável. O que nós queremos é professores, médicos e policiais valorizados, escolas, hospitais e delegacias bem equipados.
Chega de obras superfaturadas, obras fantasmas, empreiteiras em nome de laranjas. Chega da compra de votos, de tirar proveito da miséria da população a fim de mantê-la ignorante. Chega de censura e intimidação dos eleitores, de controle da mídia e do aparelhamento das instituições fiscalizadoras.
É um absurdo que juízes sejam “punidos” com aposentadoria compulsória, que candidatos eleitos sabidamente pela compra de votos, abuso do poder econômico e utilização indevida de concessões públicas, tomem posse e cumpram seus mandatos sem qualquer incômodo. É um absurdo o que se gasta com cartões coorporativos, verbas indenizatórias e auxílios esdrúxulos. É um absurdo o aumento abusivo dos parlamentares, aprovados por eles mesmos sem qualquer constrangimento. Tudo feito de acordo com a Lei.
Não podemos mais nos calar diante dos absurdos que acontecem diariamente nos bastidores da política amazonense. Se nossos deputados e vereadores não cumprem o papel de fiscalizar o poder executivo e, pelo contrário, participam vorazmente dos saques ao erário, cabe a nós, cidadãos amazonenses, exigir que o maltratado povo do nosso Estado seja respeitado pela classe política.
Reajam amazonenses. Pela sua família, pelo nosso povo, pela nossa terra."




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